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Scarlett Johansson deu a pior resposta possível para críticos da internet

A atriz foi escolhida para viver um homem trans e não poderia ter respondido de forma mais arrogante.

Por isabelavilla
Atualizado em 16 abr 2024, 11h17 - Publicado em 4 jul 2018, 17h51
 (Neilson Barnard/Getty Images)
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Scarlett Johansson foi escolhida para ser a protagonista do filme ainda sem data de estreia “Rub & Tug” e até aí tudo bem, o problema é que o personagem dela no longa, “Tex”, é um homem transexual. Obviamente, não demorou muito para a produção dirigida por Rupert Sanders (mesmo de “A Vigilante do Amanhã: Ghost in the Shell“) sofrer duras críticas na internet por causa da escalação dela, uma mulher cisgênero, para o papel.

https://twitter.com/xsunshne/status/1014488616414928896

A resposta da atriz foi rápida. Para o site Bustle, ela disse: “Diga a eles que podem se dirigir aos representantes de Jeffrey Tambor, Jared Leto e Felicity Huffman para comentários.” Os três atores interpretaram transexuais e foram aplaudidos por suas interpretações – Leto e Tambor, inclusive, ganharam prêmios. E o Twitter vendo a resposta da famosa, não conseguiu deixar de lado e começou a brincar.

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Ok, ela pode até ter razão em apontar que ela não foi a primeira atriz cisgênero a interpretar um personagem trans, mas essa não é a questão. A crítica é sobre, mais uma vez, Hollywood impedir que minorias (e no caso as pessoas trans são as mais marginalizadas no mundo) contem suas próprias histórias e ocupem espaços que sempre foram negados a eles.

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A resposta dela é até um pouco infantil, do tipo, quando, na escola, você usava seus amiguinhos para justificar alguma coisa estúpida, como colar em uma prova de matemática. Ao não reconhecer o problema e tentar mudar o foco da discussão, Scarlett, uma das atrizes mais bem pagas do mundo, demonstra arrogância e falta de empatia. Além de se colocar no papel de “vítima”.

Polêmica

E a história fica mais escandalosa porque não é a primeira vez que Scarlett é acusada de invisibilizar minorias. Em 2017, ao ser escalada para ser a protagonista de “A Vigilante do Amanhã: Ghost in the Shell” (Sanders também era o diretor!), originalmente asiática, ela foi acusada de whitewashing, palavra de origem inglesa usada quando personagens de outras etnias são embranquecidos.

Ou seja, aparentemente, ela não aprendeu a lição e a internet não esqueceu:

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https://twitter.com/ArielModara/status/1014282165310447616

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Sobre o filme

Rub & Tug” é baseado na história real de Dante “Tex” Gill, chefe do crime entre 1970 e 1980 em Pittsburg, Pensilvânia. Ele era um homem transgênero dono de casas de massagem, que mascaravam uma rede de prostituição, comandada por ele. O caso de Gill é um pouco difícil pois quando tratam do assunto, tratam dele como mulher lésbica que se vestia de maneira masculina, como nome de origem sendo Jean Marie Gill

Mas indícios como a preferencia por pronomes masculinos e o obituário dele que aponta o início do processo de transição são claros indicativos de que, na verdade, ele era um homem trans, termo pouco conhecido ou usado na época. Além disso, ele ganhou o título de “Homem mais dúbio do ano” e “Mulher mais dúbia do ano” pelo jornal The Pittsburg Press, por ser considerado uma figura andrógina.

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