6 momentos inesquecíveis do show de Paul McCartney em São Paulo
O ex-Beatle reuniu gerações em uma noite marcada por clássicos e homenagens memoráveis, além de deliciosos momentos nostálgico
“Boa noite, mano!”: foi assim que Sir Paul McCartney adentrou o estádio do Allianz, que contava com mais de 45 mil pessoas para a estreia da “Got Back Tour” em São Paulo. O clima, em todos os setores esgotados do local, era de euforia e, de certa forma, gratidão por ter a chance de poder acompanhar — por duas horas e meia — um dos maiores ícones da música. E o ex-Beatle não decepcionou: entregou um espetáculo de 33 canções, passeando pelos 13 álbuns de estúdio da banda, além de grandes êxitos de sua carreira solo.
“Uma eufórica viagem no tempo”: não há melhor maneira de descrever a apresentação de Paul . E digo eufórica, pois, além de o astro ter dominado o palco, a sua banda — Paul “Wix” Wickens (teclados), Brian Ray (baixo/guitarra), Rusty Anderson (guitarra) e Abe Laboriel Jr (bateria) — transformou o show em uma explosão sonora inesquecível. Grande destaque para os Hot City Horns, trio de metais que trouxe uma belíssima e elegante aura jazzística à faixas como “My Valentine” e “Letting Go”.
A seguir, listamos os momentos do concerto em São Paulo que, sem dúvidas, ficarão em nossas mentes por muito tempo. Confira:
1. “Dueto” com John Lennon
Em um dos momentos mais mágicos da noite, Paul McCartney realizou um dueto virtual com John Lennon utilizando imagens do cantor no último show da banda, em 1969. A canção escolhida é “I’ve Got a Feeling”. Em menos de cinco minutos (o suficiente para nos marcar profundamente), os astros dividem os telões do Allianz, comovendo todos os presentes.
2. Espetáculo em “Live and Let Die”
Um highlight absoluto é a explosiva (literalmente) performance de “Live and Let Die”, que traz Paul iniciando os primeiros acordes em seu icônico piano de cauda. Assim que a faixa chega ao seu refrão cinematográfico (vale lembrar que o hit fez parte da franquia 007), labaredas de fogo saltam do palco, a mais de três metros de altura. O que vem a seguir é uma sequência de pirotecnias, com fogos de artifício e lasers transformando o estádio em um espetáculo de proporções épicas. Nos telões, acompanhamos uma troca frenética de câmeras, trazendo Paul e sua banda engajados em uma verdadeira batalha de instrumentos que culmina em um clímax musical intenso.
3. Estádio vira jazz bar intimista em “My Valentine”
Em um dos momentos mais afetivos de sua apresentação, Paul McCartney dedicou a romântica “My Valentine” à sua esposa, Nancy Shevell (que estava presente no estádio). Os Hot City Horns brilharam nessa performance, adicionando arranjos de jazz irresistíveis à música. A abordagem intimista, por alguns minutos, transformou o grande estádio em um bar aconchegante, enquanto todos pareciam hipnotizados. Menção honrosa à participação belíssima de Natalie Portman, que performou a faixa em libras no backdrop da turnê.
4. Ode ao atemporal “Sgt. Peppers”
Entre os inúmeros discos icônicos dos Beatles que foram apresentados nesta quinta-feira (7), era óbvio que o Sgt. Peppers não ficaria de fora. A irreverente “Getting Better”, “Mr Kite” e a abertura do álbum, “Sgt Peppers Lonely Heart Club Band” foram performadas no Allianz Park, com uma cenografia e jogos de iluminação que remeteram à atemporal era psicodélica da banda. Aliás, “Lonely Heart Club Band” fez parte de um mashup elétrico com “Helter Skelter”, faixa percursora do Heavy Metal. Inclusive, McCartney conseguiu atingir todos os agudos e drives enérgicos da música.
5. Blackbird é um dos grandes destaques do setlist
Em cima de uma enorme plataforma de LED, que reproduzia imagens de pássaros negros e paisagens noturnas, McCartney apresentou “Blackbird”, canção-assinatura do White Album. Durante alguns minutos, a plateia permaneceu em um estado de transe enquanto ouvia os vocais potentes do astro (que agora está com 81 anos) ressoarem por todo o espaço.
6. Grand finale com a icônica sequência “Golden Slumbers/Carry That Weight/The End
Além de “Something”, cantada em um ukulele e dedicada a George Harrison, o cantor encerrou o espetáculo com músicas do “Abbey Road” (que considero, particularmente, o melhor álbum dos Beatles). Na ocasião, a sequência de “Golden Slumbers/Carry That Weight/The End” foi entoada por Paul e sua banda, que conseguiram potencializar ainda mais a grandiosidade das canções.
Após agradecer pela presença do público e afirmar que está animado para se apresentar novamente na capital paulista (os próximos shows acontecem neste fim de semana), Paul se retirou do palco (com a sua elegância habitual), deixando nós, fãs, com a sensação de ter presenciado um dia histórico.
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