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Livraria Cultura fecha loja do Conjunto Nacional, em São Paulo

Última livraria da rede encerra sua história e fecha as portas após a confirmação do decreto de falência

Por Adriana Marruffo
Atualizado em 27 jun 2023, 10h29 - Publicado em 27 jun 2023, 10h27
Livraria Cultura no Conjunto Nacional, na Avenida Paulista (SP)
A livraria ocupava, dentro do Conjunto Nacional, um espaço de 4 300 metros quadrados distribuídos por três pisos (Livraria Cultura/Divulgação)
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A icônica Livraria Cultura do Conjunto Nacional, na Avenida Paulista, em São Paulo, fecha as portas oficialmente na última segunda-feira (26), após a confirmação do decreto de falência pelo Tribunal de Justiça de São Paulo emitido em maio.

Na ocasião, a empresa requereu uma liminar, mas foi derrubada: “A falência da agravante, diante do global inadimplemento do plano de recuperação, tem como objetivo proteger o mercado e a sociedade, assim como fomentar o empreendedorismo e socializar as perdas provocadas pelo risco empresarial”, diz a decisão do Tribunal da Justiça sobre o caso. 

A livraria agora cumpre ordem de despejo, não permitindo mais clientes entrarem na loja, além de terem desativado o site. Nas redes sociais, os frequentadores lamentaram a perda de um lugar tão marcante para a cidade de São Paulo.

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A falência

A Livraria Cultura foi inaugurada em 1969, e se tornou uma das redes mais tradicionais do país. Vinham enfrentando uma forte crise desde 2015, após o encolhimento do mercado editorial que se estendeu por mais de quatro anos. Porém, em 2020, a Justiça já havia rejeitado um pedido de mudança no plano de recuperação da empresa, e apontado que a falência poderia ser decretada.

Livraria Cultura no Conjunto Nacional, na Avenida Paulista (SP)
A livraria ocupava, dentro do Conjunto Nacional, um espaço de 4 300 metros quadrados distribuídos por três pisos (Livraria Cultura/Divulgação)

No início de fevereiro deste ano, a Justiça de São Paulo decretou a falência da empresa. Na época de entrada em recuperação judicial, a livraria já comentava estar em crise econômico-financeira e havia informado dívidas de R$ 285,4 milhões. De acordo com o magistrado Ralpho Waldo De Barros Monteiro Filho, o novo plano de recuperação, firmado em 2021, também não foi cumprido pela empresa. A defesa da livraria afirmou que não há previsão de reabertura.

A Livraria Cultura

Uma das principais livrarias no coração de São Paulo, a Cultura foi inaugurada em 1969 por Eva Herz, e foi herdada por seu filho Pedro Herz, responsável pela expansão da rede a partir de 2007, quando ela abriu sua primeira megastore – a última da família – e era administrada pelos filhos do livreiro.

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