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‘La La Land’: impossível não sair sorrindo (e dançando) do cinema

Com atuação brilhante de Emma Stone e Ryan Gosling, o filme é irresistível até mesmo para quem não é chegado em musicais.

Por Giovana Feix
Atualizado em 20 jan 2020, 23h03 - Publicado em 10 jan 2017, 16h39
LLL d 29 _5194.NEF (Divulgação/Black Label Media)
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Se você gosta de cinema ou acompanhou minimamente a última edição do Globo de Ouro, no último domingo (8), então já ouviu falar de La La Land. O filme, que estreia dia 19 de janeiro no Brasil, foi contemplado em nada menos que sete categorias – sendo o mais bem-sucedido em todos os 74 anos da premiação.

74th Annual Golden Globe Awards – Press Room
(Kevin Winter/Equipa/Getty Images)

Obra do jovem diretor que nos trouxe Whiplash – Em Busca da Perfeição em 2015, Damien Chazelle, La La Land é, acima de tudo, uma louvável e bem-executada homenagem aos musicais da Hollywood de antigamente. “Bom, eu nunca gostei muito de musicais”, você pode pensar – e o filme vai, mesmo assim, conseguir te fisgar. Na teoria, as coreografias e canções podem até te parecer piegas demais, mas elas se encaixam perfeitamente na narrativa do longa.

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O diretor conversou bastante com os atores principais antes de desenvolver certos aspectos do roteiro – e chegou a incluir no filme algo que realmente aconteceu com um deles: um avaliador atender uma ligação em meio à audição para um papel.

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A história principal gira em torno dos personagens de Emma Stone e Ryan Gosling, jovens que se apaixonam enquanto tentam brilhar em Los Angeles. O “La La Land” que dá nome ao filme é um antigo apelido desta cidade, onde a mágica de Hollywood, afinal de contas, acontece.

A primeira cena do filme nos mostra um aspecto conhecido da metrópole californiana: o trânsito. Já de cara nos deparamos com um número musical inusitado e alegre, e vemos, nos jovens que dirigem em carros solitários, uma bela metáfora para a busca pelo sucesso. A personagem de Emma Stone, Mia, sonha em ser atriz, enquanto Sebastian, o de Ryan Gosling, é músico e quer um dia abrir seu próprio bar de jazz. Ambos aparecem nesse momento, mas é só mais para frente que um romance entre eles se desenrola.

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“Eu acho que nunca vi um filme sobre esse momento específico da vida”, opinou a atriz Rosemarie DeWitt, irmã de Gosling no filme, em entrevista ao Hollywood Reporter. “Sobre quando você está mais ou menos no início de sua criação, de sua carreira, e sobre como é difícil estar em um relacionamento com alguém e ao mesmo tempo querer ser um grande ator, um grande músico, um grande diretor. É muito difícil achar esse equilíbrio, e você está tão apaixonado por tudo”. De fato, a química entre os dois atores principais (que já contracenaram em dois outros filmes) pode ser irresistível – mas este filme é sobre muito mais do que isso. É sobre como pode parecer lindo, mas é, na verdade, extremamente difícil seguir seus próprios sonhos.

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Bem, ao mesmo tempo em que a expressão “good vibes” parece ter sido criada especificamente para descrever esse filme, não devem deixar de ser mencionadas aqui as críticas que alguns jornalistas internacionais têm feito a um aspecto específico de seu roteiro: o fato de o personagem de Gosling, branco, querer salvar um estilo musical criado por e estreitamente ligado à comunidade negra – o jazz. É importante problematizar essa questão, já que, na mesma Hollywood homenageada pelo longa, protestos e discursos têm questionado a ausência de negros na indústria cinematográfica norte-americana.

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Mesmo assim, não é possível assistir ao filme sem se sentir encantado. De forma (sem exageros) mágica, colorida, empolgante e, muitas vezes, de fato deliciosamente piegas, La La Land fala abertamente sobre sonhos e como, às vezes, encontramos na vida pessoas que nos impulsionam e nos ajudam a dar o melhor de nós mesmos. Como, no filme, essa ~pessoa~ tem a aparência do Ryan Gosling, imagino que agora não te não reste dúvida alguma: o ingresso do cinema vale cada centavo.

 

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