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A história real que inspirou a trilogia “Antes do Amanhecer”

Conheça a história de Amy Lehrhaupt, a musa inspiradora de Richard Linklater para a trilogia "Antes do Amanhecer".

Por Ligia Helena
Atualizado em 17 jan 2020, 10h26 - Publicado em 9 jan 2018, 11h47
 (Before Sunrise/Divulgação)
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Antes do Amanhecer” é um lindo filme de 1995 que conta a história de Jesse (Ethan Hawke) e Céline (Julie Delpy), dois jovens que se conhecem durante uma viagem de trem e decidem passar uma noite juntos em Viena. Ao fim da noite, eles se despedem prometendo se encontrar depois de seis meses no mesmo local.

A história continuou com “Antes do Pôr-do-Sol“, lançado em 2004, que responde à pergunta que os fãs se fizeram por quase 10 anos – será que eles se encontraram de novo como combinaram? E virou trilogia com “Antes da Meia-Noite“, em 2013.

O que pouca gente sabe é que o roteirista e diretor Richard Linklater se inspirou em uma história pessoal para fazer o filme. Foi só no final de “Antes da Meia-Noite” que ele abriu o jogo e dedicou a obra a Amy Lehrhaupt.

O mistério tem motivo: a história real de Linklater não tem final feliz, e ele só se sentiu à vontade para falar sobre Amy 25 anos depois do primeiro encontro dos dois. O diretor conheceu Amy em 1989, na Filadélfia, onde estava visitando sua irmã. Os dois se esbarraram em uma loja de brinquedos – naquela época não havia Tinder -, gostaram um do outro e passaram a noite e a madrugada juntos se divertindo.

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Qualquer semelhança com a história de “Antes do Amanhecer” não é mera coincidência. Linklater contou em entrevistas que durante a noite ao lado de Amy ele imaginou que seria muito bom conseguir capturar e transmitir o que ele estava sentindo naquele momento. E ele chegou a dizer para Amy que faria um filme sobre aquela noite.

No fim da noite, diferente de Jesse e Céline, o casal trocou telefones e, por um tempo, manteve contato. Mas a distância fez com que o relacionamento fosse esfriando, Linklater começou outro relacionamento, e ele e Amy perderam o contato.

Durante algum tempo, o diretor fantasiou que Amy fosse aparecer em alguma estreia de “Antes do Amanhecer”, que eles iriam se reencontrar dessa forma. Não à toa, em “Antes do Pôr-do-Sol” Céline aparece de surpresa no lançamento do livro de Jesse em Paris. Mas na história da vida real, ela não apareceu.

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Não por nenhuma mágoa, mas porque Amy Lehrhaupt morreu superjovem, em 1994, aos 24 anos. Ela sofreu um acidente de moto e não resistiu aos ferimentos. O diretor só descobriu que sua musa inspiradora havia morrido em 2010, quando a obra inspirada nela já tinha dois capítulos.

Por isso, no terceiro filme da trilogia, se você assiste os créditos após o final, vai ver essa linda dedicatória a Amy Lehrhaupt. E provavelmente agora os filmes vão ganhar um novo significado para você.

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