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Atriz Ashley Bell acompanha resgate de elefantes na Tailândia

Estrela de Hollywood é a diretora do documentário 'Elefantes: Em Nome da Liberdade', que vai ao ar no National Geographic hoje (27), às 21h

Por Maria Clara Serpa (colaboradora)
Atualizado em 27 jun 2020, 16h29 - Publicado em 27 jun 2020, 09h00

Quem é fã de filmes de terror, com certeza conhece Ashley Bell. A atriz norte-americana ficou conhecida por sua atuação em filmes do gênero, como a franquia O Último Exorcismo. No entanto, desde 2015, ela está se dedicando a um projeto completamente diferente: o resgate de elefantes maltratados na Ásia. O resultado de uma dessas ações pode ser visto no documentário dirigido por Ashley Elefantes: Em Nome da Liberdade, que estreia no Brasil no sábado (27).

Ashley Bell (National Geographic/Divulgação)

Em entrevista a CLAUDIA, Ashley contou que seu primeiro contato com o tema surgiu depois de uma conversa com um amigo de sua família, que havia visitado um santuário para elefantes asiáticos resgatados no Camboja. “Quando ele me falou sobre o santuário, pensei imediatamente que deveria fazer um curta-metragem sobre, mas a ideia era contar uma história com final feliz. Fui com ele para o Camboja, mas, ao chegar lá, já percebi que a realidade era bem mais cruel do que eu imaginava”, disse Ashley que, no país asiático, encontrou a floresta em chamas e os pouquíssimos exemplares da espécie – que está em extinção – em condições terríveis.

Logo no início da viagem, a atriz percebeu que o trabalho planejado teria que ser muito maior e deixou de lado a ideia do curta-metragem. Decidiu que precisava acompanhar um resgate de um desses animais e registrar o processo em um documentário. Nos dias que passou no Camboja ela conheceu a conservacionista Lek Chailer, criadora da Save Elephant Foundation e do santuário Elephant Nature Park, na Tailândia, e pediu a ela que a deixasse acompanhá-la em um resgate de um elefante que sofria maus-tratos para poder mostrar qual a realidade da exploração dos animais. O chamado só veio dois anos depois dessa primeira viagem, quando Lek localizou Noi Na, uma elefanta cega de 70 anos que havia passado a vida inteira presa em um campo para levar “entretenimento” para os turistas na Tailândia. Depois de muito insistir, o dono da elefanta aceitou que ela fosse retirada do campo e levada ao santuário, já que estava muito idosa.

“Eu cresci em uma família vegetariana e muito ligada a assuntos voltados à conservação do meio ambiente, mas, mesmo assim, o turismo com elefantes era uma coisa normalizada na minha cabeça. Nunca imaginei o quanto aqueles animais sofrem por ter que fazer passeios com humanos em cima deles, shows em circos, pinturas com a tromba. Não é da natureza deles, então, para que eles aceitem fazer, os donos batem muito. É um negócio passado de geração em geração na Tailândia onde, além do entretenimento, partes desses elefantes também são vendidas por preços altíssimos”, afirma Ashley.

Ashley e um elefante na viagem à Tailândia (National Geographic/Divulgação)

Em menos de uma semana depois de receber o aviso de Lek, ela e sua equipe chegaram à Tailândia para o resgate de Noi Na, que vivia em um local a 720 km de distância do santuário, totalizando mais de 2 dias de viagem em um caminhão. O processo difícil e perigoso é mostrado no documentário de 1 hora que, além de cenas duras dos maus-tratos sofridos pelos animais e das dificuldades para resgatar a elefanta, também busca explicar as particularidades dos elefantes asiáticos – que são uma espécie menor do animal – através de animações. Esse recurso foi empregado para tornar o filme “mais fácil de assistir”, segundo a diretora. A combinação dos vários tipos de conteúdo no longa fazem com que ele seja impactante e, ao mesmo tempo, dê a esperança de um final feliz.

Depois do lançamento do filme nos Estados Unidos, em 2018, Ashley e Lek receberam ameaças por estarem expondo a realidade do turismo selvagem, que movimenta muito dinheiro na Tailândia. Donos de centros de exploração desses animais criaram abaixo-assinados para que o documentário fosse proibido de ser exibido nos cinemas. “Foi difícil, mas eles não conseguiram. A Lek sabe lidar muito bem com isso tudo, porque até sua família foi contra seu ativismo por um tempo, já que eles eram donos de elefantes e os usavam para entretenimento. A estreia foi bem-sucedida e conseguimos alcançar nossos principais objetivos, que eram trazer visibilidade para a causa e para o trabalho incrível que a Lek faz há tantos anos”, afirmou a atriz.

Elefantes no Elephant Nature Park, o santuário de Lek (National Geographic/Reprodução)

A equipe do documentário também criou um fundo de doações chamado  Love & Bananas Fund que conseguiu arrecadar, até hoje, uma quantia suficiente para resgatar três elefantes e transportá-los ao santuário. Também houve registros de diminuição no número de pessoas que buscaram passeios de elefante na Tailândia. Com a pandemia do novo coronavírus, a situação econômica dos donos de campos de exploração piorou e, então, a fundação de Lek conseguiu ajudar quase 1500 elefantes que estavam passando fome e realocou mais 89 para seu santuário, já que os donos não tinham condições de cuidar.

Elefantes: Em Nome da Liberdade chega ao Brasil neste sábado (27), às 21h, no canal National Geographic, e é indicado para todas as idades. Também haverá reprises nos dias 2 e 18 de julho, às 19h30. Assista ao trailer oficial:

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