Escolha o óleo certo para usar em suas receitas
Hoje em dia, não existe apenas o óleo de soja: tem também o de canola, de girassol, de amendoim... Conheça as características de cada variedade para harmonizar com seus pratos.
Foi-se o tempo em que as gôndolas dos supermercados exibiam apenas o manjado óleo de soja. É cada vez maior a oferta de produtos à base de outros ingredientes – dos mais usuais, como os de milho, canola e girassol, fáceis de encontrar e acessíveis, aos mais exóticos, como os de algodão, gergelim e castanha-do-pará, cuja distribuição ainda se limita a lojas de produtos naturais ou orientais e empórios com oferta gourmet. Para acabar com as dúvidas na hora da compra, CLAUDIA ouviu três especialistas, que esmiuçaram os efeitos sobre a saúde e as propriedades culinárias de um bocado deles: Vera Megume, professora de ciência dos alimentos e nutrição da Universidade Anhembi-Morumbi, em São Paulo; Maurício Lopes, professor do curso de gastronomia da mesma instituição; e Bianca Giuliano, da consultoria paulistana de nutrição funcional Healthy Choice. Leia e tire proveito de cada um à beira do fogão. Não ficou de fora nem o óleo de coco, que virou moda com a promessa de emagrecer.
Castanha- do-pará
Extraído a frio, mantém todos os nutrientes da castanha: ômegas 6 e 9, proteínas, cálcio, magnésio, fósforo, fibras… Marcante, vai bem na finalização de pratos frios.
Gergelim
O escuro, feito de sementes torradas, tem sabor forte e é apreciado pelos asiáticos. O claro, do gergelim cru, é suave e ótimo em molhos. Ambos são tidos como saudáveis
Girassol
Por ter gordura poli-insaturada em abundância, é uma opção saudável. Prefira usar em refogados, saladas e pratos frios.
Abacate
Do rol dos óleos funcionais, contém vitamina E e ácidos graxos e ajuda na prevenção de doenças cardiovasculares e diabetes. Ideal para pratos e molhos frios.
Coco
Não há comprovação científica de seu poder emagrecedor e, por ter gorduras saturadas, exige moderação. Com gosto forte, vale como toque final em certos pratos.
Dendê
O óleo da comida baiana contém quase 50% de gordura saturada, o que acende o sinal amarelo. Mas apresenta bom desempenho em frituras, já que não se degrada.
Sementes de abóbora
Rico em antioxidante, é impróprio para frituras, tem aroma pronunciado e é ótimo para finalizar saladas.
Canola
Com alto teor (58%) de gordura monoinsaturada, a mesma do azeite de oliva, e concentração baixa de gordura saturada, é tido como uma opção saudável – se não usado em frituras.
Milho
Bom para frituras, pois é o que mais resiste a temperaturas elevadas, sem deixar gosto residual. Rico em gordura poli-insaturada, atua na redução do colesterol.
Noz-macadâmia
Além de ter gorduras monoinsaturadas, apresenta alto teor de ômega 7, que ajuda a nutrir a pele e combater o envelhecimento. Por ser extraído a frio, precisa entrar cru nos preparos.
Linhaça
Com ômega 3, ácido graxo que protege o coração e também está presente nos peixes de água fria, tem sabor neutro e casa bem com saladas e molhos frios.
Amendoim
A resistência a temperaturas elevadas e o sabor neutro o tornam ideal para frituras e fondues. Mas sem abusos, pois a concentração de gordura saturada é relativamente alta (18%).
Soja
Não é o melhor para frituras, como se pensa. Acima de 180 ºC, se degrada e causa dor de estômago e azia. Prefira usá-lo em refogados. É rico em vitamina E.
Cártamo
A planta dá origem a um óleo com altíssimos teores de ômegas 6 e 9, que reduzem o apetite e ajudam a combater a gordura localizada no abdome. Use para finalizar saladas.