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Stéphanie Habrich é CEO da editora Magia de Ler, apaixonada pelo mundo da educação e do jornalismo infantojuvenil. Fundadora do Joca, o maior jornal para adolescentes e crianças do Brasil e do TINO Econômico, o único periódico sobre economia e finanças voltado ao público jovem, ela aborda na coluna temas conectados ao empreendedorismo, reflexões sobre inteligência emocional, e assuntos que interligam o contato com as notícias desde a infância e a educação, sempre pensando em como podemos ajudar nossos filhos a serem cidadãos com pensamento crítico.
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O que é educação midiática e por que ela é tão importante

Precisamos ter algum tipo de treinamento para lidar com o ambiente digital. E quanto antes começarmos essa preparação, melhor

Por Stéphanie Habrich
18 set 2020, 21h00

Talvez você nunca tenha ouvido falar em educação midiática, mas com certeza já percebeu como a falta dela pode ser prejudicial. Provavelmente, já se deparou com uma pessoa que não sabia diferenciar um conteúdo verdadeiro de um conteúdo falso ou ainda com alguém que não sabia reconhecer quando estava diante de um fato ou de uma opinião.

A educação midiática vem justamente ajudar as pessoas a compreender e saber analisar de forma crítica os conteúdos midiáticos, dos textos de jornais impressos a um meme publicado nas redes sociais. Aqueles que foram educados nesse sentido tendem a ter mais cuidado com conteúdos questionáveis, sabem reconhecer a importância do jornalismo e costumam consumir notícias de forma consistente, sendo capazes de interpretar textos e, de fato, usufruir daquela informação da melhor forma.

Hoje, somos bombardeados por todos os lados com conteúdo. De acordo com um levantamento feito pelo Comitê Gestor de Internet no Brasil, os brasileiros passam, em média, nove horas e 14 minutos por dia na internet. Isso põe o país no terceiro lugar entre as nações em que a população passa mais tempo na rede – perdemos apenas para a Tailândia e as Filipinas.

Por isso, precisamos ter algum tipo de treinamento para lidar com o ambiente digital. E quanto antes começarmos essa preparação, melhor. Primeiro porque diversos estudos já mostraram que a infância leva muitos reflexos para a vida adulta, ou seja, tendemos a carregar comportamentos e habilidades adquiridas nessa fase para as outras etapas da vida. Uma criança que tenha tido aulas de educação midiática na escola, por exemplo, tem mais chances de se se tornar um adulto consciente e responsável em relação ao consumo de informações.

Ao mesmo tempo, sabemos que os jovens estão muito envolvidos com o ambiente digital. Eles usam a internet para ver vídeos, conversar com os amigos, jogar… São tão bombardeados por conteúdo quanto nós, adultos. Por isso, também precisam aprender a navegar na rede. Como já falamos em outros textos desta coluna, tentar evitar o inevitável não é eficaz. Os pais ou responsáveis não podem controlar tudo a que os jovens têm acesso. Acredito que seja melhor educá-los para saberem se comportar de forma saudável no ambiente digital do que simplesmente limitar o que podem ver ou não.

Muitas escolas já oferecem aulas de educação midiática – a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) prevê que os alunos devem aprender os pilares desse conceito. Mas o aprendizado não precisa acontecer só na escola. Um pai pode receber em um grupo de WhatsApp um meme com um conteúdo falso e mostrá-lo ao filho, por exemplo. O adulto, então, pode perguntar à criança algo como: “O que você acha desse meme? Na sua opinião, a informação que ele passa é verdadeira?”. A partir disso, os dois vão trocar ideias sobre como reconhecer quando um conteúdo é verdadeiro ou não.

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Por fim, o pai ou mãe pode ainda mostrar ao filho um site de uma agência verificadora de informações, como Agência Lupa ou Aos Fatos, e pesquisarem juntos se já houve alguma nota desmentindo a informação do meme.

Ações como essas são simples e podem dar grandes resultados. Não é necessário fazer algo muito cerimonioso ou rígido. O adulto pode aproveitar pequenos ganchos do dia a dia para conversar de forma despretensiosa sobre o conteúdo. Certamente renderá um debate muito enriquecedor para ambas as partes.

Para ajudar responsáveis e educadores na missão de levar educação midiática para os jovens, nós, do Joca, jornal para crianças e jovens, junto com o Instituto Palavra Aberta, criamos um material gratuito e on-line com dicas de como ensinar os jovens a consumirem conteúdo de forma responsável e consciente. É o “Educação Midiática para Crianças e Jovens” – conteudo.jornaljoca.com.br/educacao-midiatica-materiais

Sempre dizemos aos pais e educadores que utilizam o Joca que o jornal pode ser um ótimo recurso para trazer a educação midiática para a vida dos jovens. Os leitores vão se acostumando com o formato jornalístico, ao mesmo tempo em que aprendem sobre a importância da informação bem checada – e tudo isso a partir de conteúdos feitos especialmente para essa faixa etária.

Com esse novo material, eu e o Joca, juntamente com o Instituto Palavra Aberta, queremos compartilhar com o grande público um pouco dos conhecimentos sobre educação midiática que adquirimos ao longo de nove anos trabalhando com conteúdo jornalístico para crianças e adolescentes. Trazemos orientações para os adultos e dicas de atividades que podem ser realizadas com os mais novos.

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Espero que o material “Educação Midiática para Crianças e Jovens” ajude você a tornar os nossos jovens mais críticos e conscientes. Se quiser compartilhar com a gente o que achou do material ou como foi colocar uma das atividades em prática, mande um e-mail para joca@magiadeler.com.br

Vamos juntos espalhar a educação midiática pelo país!

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