“Meu marido me traiu no puerpério e no pós-parto. Devo me divorciar?”
Algumas traições são mais traidoras do que outras. O que fazer nessa hora?
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Você é a primeira pessoa para quem conto isso. Meu marido me traiu na gravidez (no último mês da gravidez) com uma prostituta e depois me contou quando eu estava no meio do puerpério. O bebê tinha só uma semana de vida. Quase entrei em depressão pós-parto. Brigamos e discutimos muito. Eu estava me recuperando da cesariana e com muitas dores da amamentação, e acabou que na época eu perdoei. Alguns meses depois, descobri que ele me traiu novamente com outra prostituta. Só que agora não consigo perdoá-lo. Eu me lembro todos os dias da traição. Me dói muito. Ele diz que me ama. Mas não consigo perdoá-lo. Só não me divorciei por causa do bebe pequenininho. Mas não sei, será que devo me divorciar?
– Repetição
– Cara repetição
Sinto muito que você tenha passado por isso. Existe um lugar especial reservado no inferno para quem trai a mulher grávida – e um camarote inteiro para quem acha por bem revelar a traição com uma semana de pós-parto. Há um certo requinte de crueldade, inclusive, nisso. Nem tudo é imperdoável em um relacionamento, é claro, mas não me parece que exista em você alguma abertura para superar essa deslealdade, principalmente em um momento tão delicado da vida quanto a chegada de um novo bebê. São raras as vezes em que sugiro com todas as letras uma separação, mas desta vez irei fazê-lo. Acredito que, sim, o melhor é se divorciar desse homem. Pode parecer uma tarefa insuperável neste momento, mas as atitudes do seu marido me fazem duvidar que ele possa entender a gravidade do que fez. Lembre-se de garantir na justiça que ele participe da criação e arque com todas as responsabilidades do filho que ele ajudou a botar no mundo.