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Maternidade (Des)construída

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A editora Bárbara dos Anjos Lima (@dabarbara), mãe da pequena Beatriz, 1 ano, escreve sobre as emoções, dúvidas e transformações depois da chegada da maternidade

O sono: da mãe, do pai, do filho. Ah! E a cama compartilhada

Se é para o bem do sono de todos e a felicidade geral da família digo ao filho que fique - na cama e/ou no quarto dos pais

Por Bárbara dos Anjos Lima
Atualizado em 25 set 2019, 17h01 - Publicado em 25 set 2019, 16h57
Bebê dormindo com barriga para cima
Bebê dormindo com barriga para cima (Acervo/CLAUDIA)
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Meu marido era o primeiro a afirmar, categoricamente, ser contra a cama compartilhada. As preocupações iam desde “Temos que manter a privacidade do casal” até “sou grande e tenho até medo de amassá-la”. Mas foi só a Beatriz nascer para as coisas mudarem. Verdade seja dita: somos uma família de dorminhocos. Do tipo de casal que dorme (ou dormia) até quase o meio-dia nos finais de semana.  Antes mesmo de engravidar, acho que esse era um dos meus maiores pavores da vida de mãe: perder minhas sagradas horas de sono. Eu assistia àqueles programas de TV estilo “meu filho não dorme” e suava frio. 

A mudança de postura foi gradual. Nos primeiros três meses, dormir no quarto com os pais (mas não na mesma cama, por aumentar os riscos da Síndrome de Morte Súbita do Lactente, a SMSL ) é altamente recomendado pela maioria dos pediatras, inclusive a nossa, Andrea Solferini, do Núcleo Cuidar, em São Paulo. Depois dos 3 meses, o período chamado de “exogestação” acaba, o bebê passa a “entender” melhor que já saiu da barriga da mãe e está mais adepto ao mundo aqui fora. Nesse período, aumentam as horas seguidas de sono, o que facilita deixar a criança no próprio quarto. Maaaas para o casal preguiçoso que vos escreve aqui, o co-sleeper e depois o berço ao lado da cama era tããão mais prático. A bebe chorou? Uma olhadinha para o lado, uma balançadinha sem nem sair da cama resolvia o problema e ela voltava a dormir. É hora da mamada noturna? Pega ela ali e coloca no peito, sem nem tirar a coberta. 

Mas o tempo foi passando. Agora, que a Bia já passou de 1 ano. O berço virou um cama montesoriana no seu quarto. Mas ela segue acordando ao menos 1 vez por noite – não tô reclamando, não, os bebês daquele programa de tv que eu assistia antes de engravidar nem dormir 2 horas seguidas dormiam… – A gente já sabe que ela vai acordar e vir pra nossa cama, por que ja nao deixar ela com a gente? O cheirinho de bebê na cama é tããão gostoso. Velar o sono da pequena dá um quentinho tão grande no coração… O problema é que está crescendo e o espaço na cama (mesmo sendo tamanho queen)  diminuindo. Não quero comemorar antes da hora, mas nas últimas semanas chegamos a um modelo que está me parecendo ideal: um colchão no chão ao lado da nossa cama, onde a Bia dorme a maior parte da noite e, consequentemente, meu marido e eu na nossa cama de casal

Depois da maternidade, descobri que o quarto compartilhado é bem mais comum do que se pensa – ou do que eu pensava antes de ser mãe. Perguntei no meu Instagram (@dabarbara, me segue lá) como dormem as famílias dos meus seguidores. Fora mais de 30 comentários e duas certezas: muito mais gente faz quarto/cama compartilhada do que eu pensava (ufa, não estou sozinha!) e o mais importante é todo mundo dormir o melhor possível. E por aí: como sua família dorme?

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#tbt de exatamente um ano atrás, quando a #bebêbarcos ainda cabia no co-sleeper – que invenção maravilhosa! Depois disso veio a cama compartilhada, seguido por um período mágico em que ela ficou quase a noite toda no quarto dela e agora estamos na fase que alterna quarto dela/ colchão ao lado da nossa cama/ sobe para ficar entre o @malfranco e faz uma ~gentil~ massagem de chutes nas nossas costas. Já tentei “lutar” contra. Mas agora só aceito e curto esse montinho de amor. O importante é todo mundo dormir o melhor possível. 💕 E por aí: como sua família dorme?

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