Entenda os mitos em torno do preenchimento facial e da vacina
A dermatologista Denise Steiner ressalta os cuidados que todos devem ter antes de realizar o procedimento, independente do imunizante contra a Covid-19

A pandemia de Covid-19 vem sendo de grande impacto para a humanidade, e cada um de nós irá tirar a própria lição sobre tudo que estamos vivenciando.
Além dos sintomas já conhecidos, a doença também pode apresentar manifestações na pele. Essa virose é conhecida por causar inflamação e também quadros específicos e graves de insuficiência respiratória e distúrbios de coagulação.
Na pele ela pode se apresentar, como exantema, que é um avermelhamento no corpo inteiro; placas de urticaria com muita coceira e também arroxeamento nas extremidades.
Recentemente a imprensa noticiou sobre reações após a vacina em pessoas que realizaram preenchimento facial. Segundo as informações, três pessoas que tomaram a vacina da Moderna e tinham feito preenchimento facial tiveram um inchaço no local do procedimento.
Os procedimentos devem ser realizados sempre por médicos especialista, pois é necessário conhecer profundamente a anatomia facial e a característica do produto injetado, assim como sua repercussão na pele.
Aqueles aprovados pelos órgãos regulatórios, como ANVISA e FDA, são muito seguros e eficazes. Todas as publicações cientificas ressaltam as seguintes questões:
1 – Pessoas que fizeram preenchimento com produtos aprovados e conhecidos podem e devem ser vacinadas.
2 – Essa reação local também ocorre por diversos outros tipos de acontecimentos, como tratamento dentário, cicatrizes pós cirúrgicas, alergias recentes, queimaduras entre outros.
3 – O inchaço e avermelhamento são sinais que o sistema imunológico está reagindo e, por isso, inflamações podem aparecer após um procedimento recente.
4 – As pessoas vacinadas podem fazer preenchimento após intervalos de três meses após a última dose da vacina.
É muito importante ressaltar que esse tipo de reação é bastante raro e representa uma alteração sem gravidade para a pessoa acometida. O tratamento é feito com anti-inflamatório ou corticoides que não comprometem a eficácia da vacina.
Casos de inchaço e avermelhamento facial também foram observadas em pessoas vacinadas sem preenchimento facial, do mesmo modo que essas reações podem aparecer após o procedimento sem receber o imunizante.
O resumo da questão é que se trata de reações raras que não devem gerar pânico e que são controlados e tratadas. Não há qualquer restrição por órgãos de saúde para evitar vacina em pessoas com preenchimento facial.
O mais importante é realçar que esses procedimentos devem ser realizados por médicos especialistas preparados para qualquer eventualidade relacionada à saúde da pessoa e característica do produto.
Além disso, devem seguir normalmente sendo vacinadas quando for a hora possível, reportando às devidas instituições quaisquer tipos de efeito colaterais observadas.
Cuide de você.