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Coluna sobre arte e cultura assinada pela redação de CLAUDIA

Quer ler mais em 2018? Veja 7 autoras imperdíveis

Sete autoras brasileiras e estrangeiras para ler durante o próximo ano

Por Isabella D'Ercole Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 3 jan 2018, 10h26 - Publicado em 3 jan 2018, 10h26
 (Getty Images/Getty Images)
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Finalzinho de dezembro. Papel e caneta na mão. Lista de resoluções para o próximo ano. Tá aí uma cerimônia que respeito. Uma das resoluções que está sempre no meu caderninho é a de ler mais. Ler é relaxante, uma distração, mas também um ganho imenso de cultura, um exercício de atenção e foco. Caso você se inspire, deixo aqui uma listinha de mulheres que precisam ser lidas no próximo ano. Tem para todos os gostos. Aproveite!

1. Scholastique Mukasonga

A ruandesa escapou do massacre em seu país, onde morreram 26 de seus familiares. Radicada na França, passou a escrever sobre suas experiências, as tradições de seu povo, os laços na comunidade em que vivia. Há dois lindos relatos, A Mulher de Pés Descalços e Nossa Senhora do Nilo (ambos da editora Nós). O primeiro é extremamente tocante, fala sobre sua mãe, a saudade e as tradições que cabiam à matriarca em sua cultura.

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(Nós/Divulgação)

2. Conceição Evaristo

Vencedora do Prêmio CLAUDIA na categoria cultura deste ano, a mineira de 70 anos escreve sobre a realidade da população negra no Brasil. Seus livros, entre eles Insubmissas Lágrimas de Mulheres (editora Malê), colocam a visão da mulher sobre a luta contra o preconceito e pela igualdade de direitos e tratamento na sociedade.

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(Malé/Divulgação)

3. Rupi Kaur

Os poemas da indiana viralizaram nas redes sociais durante todo o ano. Com forte cunho feminista, discutiam os desafios enfrentados em relacionamentos. Tudo isso em descrições breves, de fácil compreensão, mas de impacto profundo. Outros Jeitos de Usar a Boca (editora Planeta) foi best-seller e ficou meses na lista dos mais vendidos do New York Times.

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(Planeta/Divulgação)

4. Roxane Gay

É uma história comum, por mais que não gostemos. Aos 12 anos, sofreu um estupro coletivo. Entre os estupradores estava o menino por quem a americana era apaixonada. Os meninos espalharam pela escola que ela teria transado por vontade própria, o que lhe rendeu a fama de galinha e anos de bullying. Para compensar a tristeza e insegurança, começou a comer compulsivamente – pesou mais de 200 quilos. Hoje, é uma das feministas mais poderosas da internet. E tem dois livros avassaladores no tema: Má Feminista (editora Novo Século) e Fome: Uma Autobiografia do Meu Corpo (editora Globo Livros), o mais recente.

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(Globo Livros/Divulgação)

5. Nadia Hashimi

Outras culturas me fascinam. Ainda mais quando envolve o tratamento de mulheres e atos que nós, ocidentais, consideramos ofensivos e violadores de direitos. A americana filha de pais afegãos escreve A Pérola Que Rompeu A Concha (editora Arqueiro), ficção sobre o costume bacha posh, que permite à menina se vestir e ser tratada como menino até chegar à puberdade. Assim, ela ganha o direito de ir à escola, ter liberdade. Sua trisavó, séculos antes, havia feito a mesma escolha. A delicadeza com que ela mistura visões de tempos diferentes e mostra um Afeganistão diferente do que estamos acostumados a ver é envolvente.

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(Arqueiro/Divulgação)

6. Sylvia Plath

A americana tem apenas um romance publicado, A Redoma de Vidro (Biblioteca Azul), mas é considerada escritora formidável.No livro, a personagem protagonista sofre de transtornos psicológicos. Alguns estudiosos afirmam que o texto teria toques autobiográficos, já que suspeita-se que a autora sofresse de transtorno bipolar ou depressão.Através de seus diários, recém-publicados, demonstra as dificuldades de uma mulher que se via aprisionada por uma sociedade machista.

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(Biblioteca Azul/Divulgação)

7. Elvira Vigna

Os títulos da carioca chamam atenção: Coisas Que Os Homens Não Entendem, O Que Deu Para Fazer Em Matéria de História de Amor, O Assassinato de Bebê Martê. Os livros são ainda melhores, entregam tudo o que o título cria de expectativa. São profundos, com realismo que chega a assustar, a fazer questionar sentimentos próprios. Em 2010, ganhou prêmio de ficção da Academia Brasileira de Letra com Nada a Dizer (este e todos os outros da Companhia das Letras).

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(Companhia das Letras/Divulgação)
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