Visita guiada: apê eclético combina memórias a peças novas
O apartamento do arquiteto Rodrigo Cunha combina tendências com memórias de família e viagens que fez em uma decoração eclética cheia de personalidade
A vida de um arquiteto é cheia de cores, materiais variados e inúmeras referências – e na hora de projetar sua própria casa, Rodrigo Cunha empregou tudo isso em um apê eclético e confortável, cheio de individualidade.
Com 120 metros quadrados, o espaço é todo voltado para a descontração. Na sala, um tapete com hexágonos, geometria tendência na decoração, delimita um estar confortável. Seus azuis, brancos e cinzas dão o tom para esta área, a começar pelas poltronas brancas.
Na janela, cortinas feitas de tecido, madeira, velcro e fitas pretas pairam sobre uma plataforma que abriga diversos livros em nichos. Sobre esta, um futon azul e almofadas de formas e cores diferentes.
Uma prateleira branca estreita reúne quadros com figuras icônicas, de Salvador Dalí até fotos da série The Little Black Jacket, em que Karl Lagerfeld e Carine Roitfeld revisitam a jaqueta clássica da Chanel. Ao lado, uma parede de lousa com mensagens de amigos e a senha do Wi-Fi – elementos essenciais para quem gosta de receber visitas.
Em outro canto da sala duas cabeças de animais coloridas foram arranjadas na parede, ao lado de uma árvore e da cadeira Moleca, de Sérgio Rodrigues – esta última um refúgio de conforto para trabalhar, se inspirar ou apenas relaxar.
Antes de entrar na cozinha, as visitas podem fazer uma parada no bar que acompanha um quadro com pisca-piscas e uma cristaleira que Rodrigo possui desde que mudou para São Paulo.
A cristaleira é um dos exemplos de como a história das peças é parte integrante do estilo do arquiteto. “Costumo misturar sempre peças novas com peças que têm alguma memória para mim”, revela.
A aparência moderninha do décor se torna bem diferente na cozinha: ali, o cinza das paredes da sala é substituído por um verde discreto. Uma mesa de vidro com passadeira florida traz um clima de conforto tradicional, junto a uma fruteira.
Ao lado da geladeira metálica repleta de imãs, muitos de viagens, um aparador branco reúne máquina de café, temperos, copos e enfeites. Uma pintura de Frida Kahlo observa o espaço da prateleira com cerâmicas coloridas.
Um frigobar vermelho que faz as vezes de mesinha no quarto. Diversas figuras colecionáveis e divertidas foram posicionadas nos pallets da cabeceira da cama.
É impossível deixar de notar a forte presença de verde por todo o espaço. “Sempre morei em casa e em São Paulo sentia falta de plantas, pois aqui morei só em apartamento”, conta Rodrigo. Os vasos espalhados pelos ambientes, das flores até as suculentas, foram a forma que o arquiteto encontrou de trazer a natureza para o lar.
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