VII Prêmio CASA CLAUDIA: conheça todos os finalistas
Nesta edição, três categorias são inéditas: Uso da Cor, apresentada pela Coral, Design de Mobiliário e Design de Objeto
Organizado pela revista do Grupo Abril, o Prêmio CASA CLAUDIA busca reconhecer e divulgar os melhores projetos de decoração, design e paisagismo realizados no Brasil, além de destacar a criatividade e a inovação dos profissionais dessas áreas em todo o país.
Para a edição de 2017, as categorias premiadas serão: Apartamentos; Casas Urbanas; Casas de Praia; Casas de Campo; Paisagismo; Design de Mobiliário; Design de Objeto; Hotéis e Pousadas; Escritórios, Consultórios e Lojas; Bares e Restaurantes. O grande destaque, entretanto, é a categoria Uso da Cor, apresentada pela Coral.
Em sua sétima edição, o Prêmio conta com 33 finalistas. Os projetos vencedores serão publicados na revista CASA CLAUDIA de agosto e no catálogo distribuído durante a festa de premiação. Fique de olho!
Abaixo, confira os projetos que concorrerão ao troféu na noite de premiação, que acontecerá em agosto:
1. Uso da Cor, apresentada por Tintas Coral
Buscando novos ares, a moradora queria valorizar a parte social sem usar muita marcenaria fixa e sem obra. Do apartamento antigo, veio apenas um buffet. No projeto, o desejo era um décor com atmosfera feminina, elegante e colorida. Assim, o living recebeu a combinação de verde e rosa e a sala de TV ganhou cinza escuro com composição de quadros.
Projetado para um casal jovem cansado dos tons neutros, este apartamento passou por uma transformação completa. As alterações principais foram na iluminação, na cor das paredes e nos novos painéis e marcenaria. Todos os ambientes receberam cores marcantes: no home theater, um sofá roxo; na sala, parede azul; e, na cozinha, marcenaria multicolorida.
O casal com três filhos queria uma mudança radical. Antes em um layout mais limitado, eles queriam uma planta com ambientes integrados e amplos, onde pudessem conviver mais. Além disso, o estilo deveria ser atualizado com inspiração nos lofts de Nova York, onde a família havia morado. A decoração seguiu o estilo industrial, com cores escuras e tons neutros misturados ao uso da madeira. Ladrilho hidráulico, tijolo aparente, pastilhas hexagonais e azulejos tipo subway tiles também foram aplicados.
2. Apartamentos
Paleta elegante
Com toda a marcenaria de ipê tabaco, este apartamento em São Paulo segue um estilo sóbrio, porém marcante, em que se destaca o piso de porcelanato grafite. No estar, o décor leva móveis de estrutura de aço e estofados aconchegantes, como o sofá Box, de Jader Almeida. Já a chaise Rio, de Oscar e Anna Niemeyer, convida a relaxar na varanda. Nesse mesmo espaço, chama a atenção o azul-índigo do tapete, tom que se repete em detalhes da área social. O visual dos eletrodomésticos na cozinha integrada reforça o look discreto.
Arte e design
Neste apê em Belo Horizonte, os diferentes pisos definem duas ambientações distintas. O lado frio, revestido de nanoglass branco, se contrapõe à área coberta de peroba no chão e nas paredes. A harmonia entre os espaços se dá pelo mobiliário da italiana Flexform, pontuado pela poltrona Yellow Corallo, assinada por Fernando e Humberto Campana. Luminárias de Ingo Maurer e obras de arte de Ana Maria Maiolino, Amílcar de Castro e Carlos Vergara completam a proposta.
Visual monocromático
O piso de cumaru e o porcelanato, que reveste a varanda e a cozinha – do chão ao teto –, são os elementos-chave para integrar visualmente a área social deste apartamento paulistano. Eles também definem os tons do mobiliário, que mistura peças de design italiano, cadeiras assinadas por Charles e Ray Eames e banquetas de Philippe Starck. Bastante iluminado, o living esconde portas de correr (que dão acesso às suítes) no extenso painel de nogueira.
3. Casas Urbanas
Minimalista e iluminada
Nesta casa em Avaré, no interior paulista, as áreas sociais ficam ao redor de um jardim interno, abraçado por painéis de vidro e colorido com ladrilhos hidráulicos. A luz natural chega suave, filtrada pela pérgula de elementos vazados. Nos espaços amplos, os móveis foram distribuídos de forma pontual e calculada – entre as escolhas, aparecem cadeiras de Hans Wegner, na sala de jantar, e de Charles e Ray Eames, no estar, onde também estão as poltronas Archibalds, de Jean-Marie Massaud.
Direto dos anos 1950
Um retrofit valorizou ainda mais os espaços amplos e bem iluminados desta casa, construída em São Paulo na década de 1950. A cozinha, remodelada com paredes cinza, novas bancadas e armários, agora se abre para o pátio. A escada em curva, superestilosa, encontra o piso de parquê bicolor e dialoga com a luminária Vertigo, da francesa Constance Guisset, usada na sala de jantar. Um andar acima, o conforto é total na suíte.
Modernismo revisitado
Desenhada no fim da década de 1940, a casa paulistana foi ampliada e alguns elementos originais, como o piso de parquê bicolor, recuperados. A arquitetura modernista orientou o projeto de interiores, que inclui clássicos do design nacional: poltronas do Liceu de Artes e Ofícios, mesas de centro de Jorge Zalszupin e um raro modelo de poltrona de Martin Eisler. O conjunto de jantar, assinado por Geraldo de Barros, sugeriu o uso da imbuia escura no mobiliário fixo dos quartos e banheiros.
4. Casas de Praia
Referências coloniais
Distribuída em três blocos separados por jardins, esta casa em Trancoso lembra uma vila. Inspirada nas construções simples do Quadrado (região central do vilarejo baiano) e na arquitetura colonial, ela combina piso de cimento queimado com telhado de duas águas revestido de taubilha (telha de madeira) e treliças vermelhas nas janelas. A cor também aparece em alguns dos móveis, como nas poltronas Astúrias, de Carlos Motta, colocadas sob o pergolado.
Para admirar as ondas
De frente para a Praia da Baleia, no litoral paulista, a casa se abre para o mar a partir de uma ampla varanda, que liga o interior com o exterior. Ali, os destaques são um jardim vertical de encher os olhos e os móveis de desenho contemporâneo. A sala de jantar, inundada de luz natural graças às aberturas generosas e ao pé-direito alto, é iluminada à noite por um pendente de madeira de demolição e aço corten. No living, brilham as poltronas Oscar, de Sergio Rodrigues.
Vista para o mar
Baseada em cores suaves e na presença marcante da madeira, esta casa abraça a linda paisagem da praia do Sambaqui, em Florianópolis. Na área social, repleta de obras de arte e móveis de design brasileiro – com destaque para Zanini de Zanine, Jader Almeida, Sergio Rodrigues e Claudia Moreira Salles –, painéis deslizantes trazem o cenário para o interior. Nas paredes, superfícies de bambu setorizam ambientes. E o linho puro veste estofados e janelas.
5. Casas de Campo
Anexo para relaxar
Rodeado pela Mata Atlântica de Araras, na zona serrana do Rio de Janeiro, este refúgio de lazer valoriza elementos naturais, como a pedra e a madeira. Painéis deslizantes com venezianas reguláveis controlam a entrada da brisa e da claridade no living, decorado com móveis de Jorge Zalszupin, estúdio Branco & Preto e Claudia Moreira Salles. A tela de Henrique Oliveira, colocada sobre a lareira, traz um toque de cor ao ambiente. Na varanda, as poltronas são de Paola Navone.
Ares de fazenda
Este projeto mineiro divide-se entre a casa principal, um anexo para hóspedes e a área de lazer, com piscina, sauna e hidromassagem. O living, com pé-direito alto e todo rodeado por uma varanda, foi decorado com móveis garimpados na região ou em antiquários, caso da poltrona Mole, de Sergio Rodrigues. As portas de correr dos quartos se inspiram nas cocheiras do haras que fica no mesmo terreno. Esta cabeceira única garante versatilidade: duas camas de solteiro podem ser unidas para virar uma de casal.
Comunhão com a serra
Nesta casa, na região mineira de Brasópolis, a ligação com a natureza é total. Ela reflete a paixão dos moradores pela Serra da Mantiqueira, percebida no gazebo com teto de vidro da área social, que separa a cozinha da suíte e deixa a natureza entrar. Elementos rústicos, como o cimento queimado vermelho e o painel cerâmico de Francisco Brennand, dividem o espaço com peças de design nacional – a exemplo das poltronas Leme, de Alfio Lisi, e Euvira, de Jader Almeida.
6. Paisagismo
Fácil de manter
Com a ideia de formar uma grande área de convívio, o verde envolve a arquitetura da casa paulistana ao valer-se da exuberância das espécies tropicais. Grandes maciços, com folhagens de diferentes cores, volumes e texturas, formam um conjunto que dá pouco trabalho para cuidar. Emoldurando a piscina, palmeiras arecas cobrem o muro, junto de samambaias e filodendros. Já o deque tem um canteiro com capim-do-texas rubro e exemplares de bambu mossô, que trazem cor e movimento ao espaço.
Verde nas alturas
A mata existente nos fundos do terreno influenciou o paisagismo desta casa, que fica no topo de um morro em Bragança Paulista, interior de São Paulo. Com plantas adequadas ao clima da região, o projeto traz privacidade e cria áreas de relax ao lado da piscina, do espelho-d’água e dos pátios com jabuticabeiras. Em amplos canteiros e no jardim sobre a laje, o jardim combina diversos tipos de plantas nativas, enquanto palmeiras se alinham junto à área de mergulhos.
Jardim na montanha
Repleto de flores e espécies de folhas graúdas, como alpíneas, estrelítzias e filodendros, o jardim que envolve a casa em Petrópolis, na serra fluminense, valoriza sua arquitetura de paredes de cimento vermelho e ambientes envidraçados. A escadaria, com grama-amendoim, atrai os olhares, e os contornos de agapantos, quando florescem, dão um toque azulado ao conjunto. No anoitecer, a jabuticabeira ganha destaque com a iluminação.
7. Design de Mobiliários
Sofá outdoor
De madeira maciça, fibra sintética, alumínio e estofado, o gostoso sofá para áreas externas tem como elemento marcante a tensão entre as retas e as curvas da estrutura. O traço, segundo os autores, remete ao desenho da Arca de Noé. Sobre essa base, almofadões com tecidos em tons neutros convidam a relaxar.
Homenagem aos mestres
A peça inspira-se fortemente na cultura brasileira e indígena, que marcou a obra do designer Sergio Rodrigues. Além disso, também lembra as linhas atemporais e elegantes de Ricardo Fasanello, cujo trabalho é lembrado pela mistura de couro, metal e madeira. Nada que reprima seu toque lúdico, percebido quando a poltrona é vista de lado.
Módulos espertos
Feito de vergalhões galvanizados de aço com pintura eletrostática, peças de madeira natural e caixas de aço inox para plantas, este sistema permite variadas composições e pode ser mudado a qualquer hora pelo próprio usuário. A possibilidade de incluir prateleiras, nichos, bar, gavetas, caixas com porta de tombar e mesas retráteis abre o leque para inúmeras funções.
8. Design de Objetos
Luz articulável
Fabricado com cobre e latão, materiais selecionados pela resistência e pelo brilho, o pendente inspirado nos tradicionais cabideiros de madeira pantográficos conta com LEDs de tom amarelado. A articulação da luminária proporciona variações em sua forma, bem como o controle da intensidade da luz.
Desenho enxuto
Com corpo de alumínio e cubo de acrílico jateado, que difunde a luz de forma homogênea, a luminária promove um jogo de luzes, ao passo que cada movimento da cúpula gera um efeito diferente, atendendo a diversas funções. De design limpo e com sistema de encaixes, o produto utiliza um único parafuso.
Luminária divertida
Graciosa, a peça de latão polido, alumínio com pintura microtexturizada e globo de vidro se baseia em um desenho clássico de abajur e utiliza processos típicos de fabricação. Seu desenho, no entanto, surpreende ao apoiar o pequeno globo acima da cúpula, proporcionando uma luz suave e direcionada, numa nova combinação de elementos.
9. Hotéis e Pousadas
Hospitalidade na selva
Respeitando a fachada e os métodos construtivos da antiga casa onde foi instalado, o hotel em Manaus exibe pisos de madeira, arcos de pedra e tijolos à vista originais. No bar e restaurante, extensos sofás com almofadões de couro dividem a cena com as cadeiras Áustria e as poltronas Viena, clássicos da Thonart, feitos de madeira vergada e assento de palhinha. Nos quartos, distribuídos no prédio novo, chapas de troncos maciços funcionam como cabeceira, e abajures treliçados garantem uma luz suave.
Palacete tropical
Os tons acinzentados das aquarelas de Jean-Baptiste Debret guiaram a paleta do hotel, erguido em meio à paisagem assinada por Burle Marx num parque da capital paulista. O lobby, revestido de mármore, abriga uma obra da artista Laura Vinci, com folhas de ouro, que remetem ao Brasil Colônia. No bar, as imagens da Mata Atlântica foram clicadas por Claudia Melli, Araquém Alcântara, Cassio Vasconcelos e Christian Cravo. Na adega, chama a atenção a mesa de tora de Pedro Petry.
História preservada
No centro do Rio de Janeiro, o prédio histórico recebeu um hotel de 120 quartos, com design de interiores em estilo industrial, paredes descascadas, tubulações aparentes, cores vibrantes e ladrilhos hidráulicos. Focado em refletir a boemia do bairro da Lapa, o lobby, coração do prédio, tem bar revestido de pedra portuguesa, restaurante e área de estar com sofás em nichos e pufes coloridos. Já os quartos exibem ambientações despojadas e móveis de linhas limpas.
10. Restaurantes e Bares
Sabor asiático
A entrada do restaurante paulistano, revestida de uma superfície cimentícia bem fina, revela o rasgo do bar, em um tom forte de rosa, e leva ao salão, com pé-direito duplo e marcado por uma enorme treliça de pínus. O ambiente, com piso de sucupira de demolição em paginação espinha de peixe, possui sushibar com luminárias de papel de arroz e cadeiras com tecidos em degradê, do laranja ao berinjela, além de fileiras de sofás com poltronas Bloo, de Marcelo Ligieri, e um jardim de bambu-negro.
Cafeteria com jeito de casa
O café brasiliense chama a atenção pelos nomes que assinam o mobiliário nacional: Oswaldo Bratke, Lina Bo Bardi, Lia Siqueira, Ricardo Fasanello e Jorge Zalszupin. Sua arquitetura contemporânea, revestida de cimento queimado, é invadida pela luz natural. Na parede, a reprodução de uma estampa floral holandesa confere cor e delicadeza ao espaço. A aconchegante área de leitura tem uma poltrona Jangada, de Jean Gillon.
Tempero mediterrâneo
As paredes e o pé-direito duplo, revestidos de eucalipto reflorestado, formam um volume que atrai atenções no restaurante paulistano. No fundo, painéis de vidro revelam a cozinha. Já no salão principal, com abertura zenital e painel ripado de cumaru, a alvenaria com reboco áspero e o piso de cimento remetem aos materiais brutos da arquitetura litorânea do sul da Europa, base que recebe com harmonia o mobiliário de desenho contemporâneo.
11. Escritórios, Consultórios e Lojas
Flagship impactante
O projeto da loja de móveis na capital paulista vale-se de uma fachada atraente, marcada por transparências e patamares em balanço com espécies nativas, estruturas que também funcionam como brises para regular a luz que chega ao interior. Ali, um grande mezanino flutuante e espaços generosos mudam de layout quando ocorrem os lançamentos de novas coleções.
A música como tema
Em Belo Horizonte, o escritório de 500 m², que comanda sites de música, remete às ondas sonoras por meio de elementos no forro, como as caixas de madeira com função acústica e iluminação automatizada. A concentração de pessoas guiou a paginação do teto e do piso: as caixas são mais baixas, e o chão, mais claro onde há maior quantidade de gente. As ilhas de trabalho contam com móveis de diferentes estilos.
Estúdio descolado
Escritórios, salas de reunião, cozinhas cenográficas para gravações e café aberto ao público fazem parte do projeto de interiores da empresa paulistana, especializada em vídeos culinários. Na entrada, um grande painel ripado de madeira conversa com as paredes cobertas de grafismos geométricos e com os móveis de pínus e laminado plástico escuro.