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Philippe Starck no Brasil: designer francês visita a revista CASA CLAUDIA

O maior designer francês da atualidade veio até o prédio da Editora Abril para dar uma palestra sobre processo criativo para jornalistas e designers da casa. Confira a cobertura abaixo! 

Por Por Vanessa D'Amaro
Atualizado em 25 Maio 2022, 18h37 - Publicado em 20 Maio 2015, 19h57
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Quando o maior designer francês da atualidade chega ao Brasil, visitar a revista CASA CLAUDIA é parada obrigatória. O francês Philippe Starck chegou ao prédio da editora Abril na última quarta-feira (20/05), pouco antes das 16h, quando começou pontualmente a sua palestra sobre processo criativo para uma platéia lotada de jornalistas e designers — até mesmo os corredores do auditório estavam abarrotados de pessoas. Uma recepção digna da celebridade que representa no mundo do design. A apresentação de Starck começou com algumas das bases de seu trabalho: o design poético e politicamente engajado — o francês se declara esquerda. A outra premissa básica é o design democrático: seu gancho para falar sobre a inauguração da flagship global da TOG All Creator Together em São Paulo no dia 21 de maio, razão de sua visita ao país. A ideia principal da TOG é a produção em larga escala, que torna os produtos mais baratos, mas com opções de customização — para que os compradores sintam que possuem peças exclusivas. A customização é de fato a grande sacada da TOG já que ela pode ser realizada de quatro maneiras diferentes: durante a encomenda da peça; na flagship com as peças que estiverem disponíveis; através do aplicativo ou do site da TOG; e ainda através dos arquivos de projetos destes móveis que a empresa disponibiliza, uma espécie de arquivo open-source para mandar para uma impressora 3D — o ápice da customização e da criação coletiva.

Starck conta que o design democrático permeia seu trabalho desde sempre. Em 1987, ele criou, por exemplo, um porta escova de dentes que permitia que as escovas ficassem expostas em vez de escondidas. Um ano mais tarde, ele criou o espremedor de limão com a Alessi, uma das suas peças mais conhecidas. Foi reinventando peças do dia a dia que ele acredita ter levado o design a um nível mais popular.

Outro valor importante para ele é a ecologia democrática. Ele acredita, por exemplo, que qualquer um pode ter em casa seu próprio gerador de energia eólica. Pensando nisso, criou um com duas turbinas que pode ser adquirido por 500 dólares e ainda é super bonito. Pudera.

A desmaterialização também é um dos valores do seu trabalho. Isso significa que, quanto menos o design aparecer, mais perfeito ele é. Um exemplo é a cadeira Uncle Jim, da Kartell, que parece ser transparente e (quase) some quando alguém se senta nela. Sobre o mesmo tema, ele ainda trouxe o exemplo do iate que projetou para Steve Jobs — num projeto de 7 anos — que, de longe, não parece ter tantos compartimentos e atrações.

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Essa capacidade de criar um design perfeito fez com que Philippe Starck olhasse também para a adequação e adaptação do formato de seus móveis de acordo com o contexto cultural em que estamos inseridos. Sua cadeira mais famosa, a Louis Ghost (Kartell, 1998), ganhou uma versão oriental. A cadeira Min Ming (Xo, 2008) seria a representação cultural da Louis Ghost adaptada para outro lado do mundo.

E, se tem uma coisa que Philippe Starck gosta, é de ser polêmico. Quando todos desenhavam peças minimalistas, ele trouxe à tona a mesa lateral Atilla (Kartell, 1997), cujo suporte é um anão de jardim. Ainda conseguiu criticar a indústria bélica com seus abajures em formatos de armas de fogo douradas — inspirado por uma notícia que leu sobre uma metralhadora coberta de ouro de Saddam Hussein.

A apresentação terminou com uma hora de duração, pontualmente já que Philippe Starck tem uma agenda cronometrada — como toda grande estrela. Ainda assim, decidiu abrir para perguntas. Rápidas. E insistiu que fossem perguntas geniais. Diante da pressão de estar na frente de um mestre do design, a plateia de jornalistas se calou por uma fração de segundos. Foi o suficiente para Philippe Starck encerrar e dar continuidade aos seus outros compromissos. Afinal, ele ainda tem a grande tarefa pela frente: inaugurar nesta quinta a flagship da TOG na rua Iguatemi, 236. Se ela for tão impactante quanto os seus projetos, é certeza: vai ser um sucesso.

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