Paisagismo comestível: o jardim de Gilberto Elkis na Casa Cor
Na Casa Cor São Paulo, Gilberto Elkis criou um espaço relaxante com diferentes patamares e plantas em vasos.
Nas cidadezinhas do interior da Inglaterra, quase toda casa dispõe de uma horta de chás, vegetais e temperos. O visual romântico dos espaços inspirou o paisagista Gilberto Elkis na concepção deste jardim, apresentado na edição deste ano da Casa Cor São Paulo. “Trata-se de cantos aconchegantes, onde os moradores fazem refeições ligeiras, leem o jornal e espairecem colhendo ingredientes frescos para a cozinha”, explica. Por que não reproduzir algo parecido por aqui? Gilberto desenhou patamares de diferentes alturas, entre 40 cm e 1,20 m. Alguns apoiam vasos, e outros acomodam canteiros. “A assimetria dos níveis e a diversidade de espécies são o segredo: parece que tudo nasceu espontaneamente”, diz. A fonte, composta de torneira e panela de cobre, embala o espaço num suave fundo musical.
Com mais de 20 anos de profissão, Gilberto Elkis desenvolveu uma percepção apurada para criar paisagens exuberantes.
Qual a fórmula para acertar a combinação das plantas?
Um jardim bonito possui harmonia visual. Plantas e elementos devem conversar entre si. Em meus projetos, considero a textura, os tons e o tamanho de espécies e materiais.
Quando tudo isso está em equilíbrio, não há como dar errado. Como deixar a horta mais bela?
Quem tem plantas comestíveis deve usufruir delas. O consumo constante de folhas, hortaliças e frutos estimula o rebrotar. Colha no tempo certo, e os vegetais crescerão viçosos.