Olhar de colecionador: 3 experts abrem a casa e mostram seus acervos
Como usar design, arte e fotografia no décor de um jeito bacana? Em CASA CLAUDIA de outubro visitamos três especialistas – um designer, uma galerista e um fotógrafo – para saber como deixam à mostra os objetos de sua paixão
Hugo França: jogo de opostos
Na casa de Hugo França, em São Paulo, tudo tem um porquê. Começando pelo hall de entrada, onde pendurou uma gravura do conterrâneo Iberê Camargo, para enfatizar sua origem gaúcha, e tingiu a porta de azul-klein (cor negociada com o vizinho). Apartamento adentro, as paredes e o piso brancos servem de suporte minimalista às peças de madeira bruta criadas pelo morador, além de clássicos do design (só os seus preferidos) e obras de arte. “A ideia era que o ambiente se parecesse com o cubo branco de uma galeria”, conta. O designer escolheu a base neutra justamente para trazer leveza, em contraponto à identidaderústica de seus móveis. A mesa de jantar impressiona com seus 5 m de extensão. Abaixo dela está acoleção de banquinhos, escolhidos no lugar de cadeiras para não tirar o destaque da peça principal. Naárea de estar, os mestres do design brasileiro ocupam uma posição relevante. “É sempre bom ter o trabalho de gente inspiradora por perto.”
Gabriela Moraes: viver com arte
Em vez do que costuma acontecer em algumas casas com muitas obras de arte, na desta carioca, diretorada galeria Nara Roesler no Rio de Janeiro, os trabalhos ficam expostos de modo a favorecer a interação.“Apesar de ter apostado no conceito de tela em branco para valorizar as peças, não gosto da ideiade uma ‘casa-museu’, em que você não pode tocar nada”, diz. Artista plástica – formava a dupla Paula-Gabriela, em parceria com Paula Boechat –, a moradora pensou numa decoração que combinassecom as obras e diz que, uma vez por ano, troca tudo de lugar. “Nessas ocasiões, pego trabalhos queestão guardados e faço novas combinações. Mas os painéis do Luiz Zerbini nunca saem.” Para pendurar,Gabriela conta com a consultoria dos próprios artistas ou de um montador especializado. Segundoa galerista, é um privilégio conviver com tanta arte. “Estar tão perto das obras faz com que eu me sintaparte delas. É algo transformador.”
Romulo Fialdini: acervo de cliques
Em um sobrado de três andares, onde antigamente funcionava a escola de dança do coreógrafo Ismael Guiser, hoje há uma mistura de morada, estúdio fotográfico e escritório. É aqui que o fotógrafo Romulo Fialdini vive há seis anos. Os espaços de trabalho ocupam os dois primeiros andares, enquanto no terceiro fica a casa propriamente dita – uma espécie de loft, com espaços integrados e grandes janelas. “Fiz questão de ter luz natural. Gosto de ver como os objetos se transformam com a passagem dela durante o dia”, conta. A sala está repleta de coleções das mais diversas (de obras de arte a garrafas e pedras), com a fotografa alinhavando tudo. Romulo expõe seus próprios cliques e os de outros fotógrafos, garimpados em feiras e recebidos de presente. São imagens repletas de histórias e memórias, que o morador descreve entusiasmado. “Guardo lembranças de amigos queridos ou fotos que tirei e que são marcantes para mim.”
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