O mínimo é o máximo neste apê
Com poucas peças, cores neutras e materiais que mostram sua beleza natural, este apartamento prova que apostar no básico sempre dá certo
Uma camada de cera e pronto: o piso estava no jeito. “A madeira de demolição tem uma textura bonita por si só. Não havia por que aplicar mais nada”, fala o arquiteto Brunno Meireles. O mesmo conceito o levou, juntamente com o sócio, André Pavan, a usar concreto aparente em outros pontos do projeto. “Gostamos desses materiais brutos e procuramos deixá-los com sua aparência natural. Temos uma levada mais minimalista.”
Exatamente o que buscava o dono do apartamento em São Paulo. “Sou um cara muito básico no dia a dia, inclusive para me vestir”, diz o economista, que chamou os titulares do escritório Meireles + Pavan depois de conhecer a proposta feita por eles para o apê da irmã, no mesmo prédio.
Mas não pense que a simplicidade dá pouco trabalho: para chegar a esse resultado, os arquitetos se preocuparam com inúmeros detalhes. Um deles foi pensar a paginação do piso em formato espinha de peixe, o que rendeu um grafismo superbacana.
Outro, repetir a largura das ripas (7 cm) nos frisos do concreto e até nas persianas – estas, aliás, um toque bem original, já que o modelo, além de preto, é do tipo utilizado em escritórios. “Achamos que uma cortina não combinava com o estilo do projeto”, conta Brunno, que desenhou o sofá e a mesa de jantar especialmente para o apartamento (depois as peças entraram em linha e hoje estão à venda no site Boobam).
Os móveis seguem o espírito clean da arquitetura, como queria o morador. “Prefiro as coisas simples”, diz ele. Simples e elegantes, como deixa claro o apê.