Móveis e acessórios de origem francesa são expostos no Rio
Montada em grande estilo, a exposição Art Nouveau e Art Déco, Estilos de Sedução reúne um acervo impregnado do elegante traço francês típico do início do século 20.
São cerca de 250 peças, entre luminárias, estatuetas, vasos, móveis, quadros, louças e até projeções de filmes, garimpadas no acervo do empresário Carlos Carvalho e de várias outras coleções particulares, reunidas em um só lugar: o Espaço Cultural Península. Com 600 m² na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, é ali, precisamente até 15 de setembro, que vai estar em cartaz a exposição Art Nouveau e Art Déco, Estilos de Sedução, apresentando os contornos rebuscados da joie de vivre francesa, típica da virada do século 19 para o 20. Paris, na época, era literalmente uma festa e a produção estética desse período traz o frescor e a alegria de celebrar a vida. “Havia ali um contraponto ao tom mais formal da era anterior, uma maneira de popularizar a arte e torná-la genuinamente encantadora”, afirma o curador da mostra, Marcio Roiter. Por aqui, há muito o que ver na seleção reunida por Roiter, que coordena também o Instituto Art Déco Brasil: as estampas e os relevos delicados que estão nos vasos Gallé e nas esculturas sensuais e cheias de movimento, moldadas em bronze e marfim, assinadas por nomes icônicos como Demetre Chiparus, Ferdinand Preiss e Claire Colinet. Há ainda um panorama importante da vertente streamline, de design mais inovador e moderno, inspirada no contorno dos transatlânticos da época. E bons exemplos da art déco nativista, genuinamente brasileira e sintonizada com a Semana de Arte Moderna, de 1922. Um panorama completo para encher os olhos.