Entre na onda das piscinas naturais
Livres de químicos, elas são tendência para curtir os dias quentes. Os três projetos a seguir imitam a natureza em oásis particulares
Livres de qualquer tratamento químico, as piscinas naturais são tendência para curtir os dias quentes. Com plantas, peixes e areia, elas imitam a natureza com perfeição e criam verdadeiros oásis particulares, como mostram os três projetos a seguir.
Mergulho entre peixes
Nadar em águas sem produtos químicos era o sonho dos proprietários desta casa no interior de São Paulo. Se a piscina natural viesse cercada de um jardim com plantas volumosas, melhor ainda. “O lago é abraçado pelo verde e cria uma paisagem bem tropical”, explica Ricardo Caporossi, da Genesis Ecossistemas, empresa de Holambra (SP) responsável pelo projeto. Borboletas, libélulas e pássaros estão sempre por ali, atraídos pela água fresca e pelo colorido das folhagens.
A superfície transparente deixa ver os peixes e a areia. “A água circula pelo sistema de filtragem. A limpeza do filtro é feita mensalmente”, explica Ricardo.
As carpas da espécie Nishikigois, mais do que ornamentar, também ajudam a movimentar a água, mantendo-a limpa.
Cascatas trazem um barulhinho bom para o lago, de 1,50 m de profundidade. Palmeiras, bambus e bromélias desenham o paisagismo.
Plantas só no entorno
Num dos bairros mais movimentados da capital paulista, este jardim comporta um lago de 150 metros quadrados, integrado à piscina. O projeto da arquiteta e paisagista Eliane Fortino contemplou a família inteira: tem raia de natação sem peixes para o marido, deque com espreguiçadeiras para a filha, prainha rasa para o neto e uma profusão de verde e espécies aquáticas, a pedido da moradora. “Além disso, o som da cascata transforma o espaço em um lugar de meditação”, conta Eliane.
Contornando a piscina, o lago tem caminhos de pedra calcária.
Detalhe da alface- d’água, que se espalha entre as pedras do passeio sobre o lago.
A piscina biológica se divide em duas partes: a raia, ao fundo, e este tanque, revestido de seixos (Palimanan). Além das raízes das plantas, a limpeza da água é feita com filtragem mecânica. “Lâmpadas UV evitam a proliferação de algas”, diz Eliane.
Deque para setorizar
De um lado, a deliciosa prainha e, de outro, o lago de águas transparentes e convidativas. Assinado pelo paisagista Alexandre Furcolin, este projeto, localizado em Campinas (SP), usa o piso de madeira para definir visualmente as áreas. Seixos e pedras de tamanhos diversos percorrem as margens, reproduzindo cenários naturais. “É revigorante nadar numa piscina que imita o ecossistema aquático”, afirma o profissional. A execução da obra é da Ecosys.
Na área de 90 metros quadrados, os seixos de rio evitam que os peixes remexam a areia.
Com 1,60 m de profundidade, o lago convida a banhos refrescantes. No fundo, há areia branca e pedras naturais.
Aguapés contornam o deque de pínus, que conta com ducha de ferro desenhada pelo paisagista. Peixes de rio, como o cascudo e o cirurgião-patela, mantêm pedras e paredes limpas, servindo de apoio para o sistema mecânico de purificação da água.
Plantas aquáticas
Hidrocotília
O tipo verticillata tem crescimento rápido e fores brancas e miúdas, além de folhas redondas e flutuantes.
Mil-folhas
A espécie pode ficar total ou parcialmente submersa. O formato delicado lembra o de um pinheirinho.
Papiro
O caule pode atingir até 6 metros de altura e sua for é formada por folhas finas e esguias.
Aguapé
Com suas flores roxas flutuando na superfície, a espécie é muito ornamental e se multiplica rapidamente.
Ninfeia
Tem folhas redondas e com borda serrilhada. A floração acontece no verão, e os botões ficam acima do nível da água.
Junco
A planta se desenvolve nas margens e tem crescimento rápido. Sua folhagem, cilíndrica, pode alcançar até 1,20 metros.
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