Dúplex em SP com uma dose de concreto e outra de afeto

Há um clima de felicidade no ar: a decoração suaviza a força bruta do concreto aparente e transforma o dúplex – onde vivem um casal de jornalistas e seus dois filhos adolescentes – num lugar repleto de memórias queridas, peças de design, obras de arte e conforto de sobra.

“As alegrias começaram já na reforma”, lembra a moradora. “Hoje, um ano e meio depois da mudança, ainda abro a porta e penso: ‘Como minha casa é bonita!’” Na obra, projetada pela arquiteta Monika Grond, algumas paredes vieram abaixo para interligar os ambientes e vigas e pilares foram descascados e ficaram à vista. Isso porque tanto Monika como a proprietária são apaixonadas pela corrente racionalista da arquitetura, que prega a economia de materiais, a ausência de adornos e a valorização das estruturas à mostra.

Para dar conta dessas premissas, a profissional investiu numa base neutra, preenchida com peças que contam a história da família e toques de irreverência. O bom humor vem de detalhes como o balanço do living, feito de sobras do cumaru do piso, e da coleção de banquinhos assinados, além do belo painel de azulejos criados pelo artista plástico Athos Bulcão.

Pedido número um do dono da casa, a cozinha foi integrada à sala, e agora o aroma de bolo e de temperos se espalha pelos espaços. O ambiente traz o mesmo mix elegante de texturas e pigmentos do restante do projeto. “O clima é totalmente afetuoso”, afirma a arquiteta.

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