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Dois apartamentos decorados com muita cor e bom humor

Conheça a história de duas casas em que a decoração trouxe mais humor para o cotidiano.

Por Reportagem visual Aldi Flosi e Simone Raitzik | Texto Rosele Martins e Simone Raitzik | Fotos André Nazareth e Lufe Gomes
Atualizado em 26 Maio 2022, 09h40 - Publicado em 22 ago 2014, 22h59
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Eles adoram viver cercados de itens lúdicos, com um pé na infância e outro na irreverência. Fazem parte de uma corrente de pessoas para as quais a casa deve ser um lugar alto-astral e cheio de vida, decorado com cores marcantes, objetos kitsch, personagens de desenho animado e muito bom humor. São figuras como a artista plástica carioca Bebel Franco, que ousou fincar dois flamingos de plástico em plena sala de estar, e o DJ paulistano Pil Marques, apaixonado por patinhos de borracha e discos de vinil. As moradias onde vivem, exibidas nesta reportagem, transmitem leveza e otimismo em meio à aridez cotidiana. “Indivíduos assim inserem um pouco de fantasia na realidade e nos lembram de que não precisamos levar a vida tão a sério”, aponta André Oliveira, da agência Box 1824, especializada em tendências de consumo e comportamento. Num mundo cada vez mais marcado por crises econômicas e estresse, por que não se deixar contagiar com o universo emocional e personalíssimo que nossos entrevistados tanto admiram? “Nestes ambientes, o valor afetivo importa mais do que preço e estética”, diz o arquiteto Guilherme Torres.

 

 

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Desde a adolescência, quando resolveu ganhar o mundo, a artista plástica carioca Bebel Franco marca os lugares onde vive com seu charme alegre e irreverente. Em Paris, na época em que era estudante de moda, lotou sua casa com tesouros encontrados no Marché Saint-Pierre (parada obrigatória, no bairro de Montmartre, para quem ama tecidos) e quinquilharias kitsch trazidas de mercados de pulgas. “Virei expert nos endereços de bugigangas. Sempre tive fixação por peças divertidas e de personalidade.” Anos depois, morando em Bogotá, já casada e mãe de Gabriela, agora adulta, tornou-se proprietária de um sobrado colonial repleto de bibelôs vendidos nas lojinhas de San Victorino, o centro comercial mais popular de lá, além de cerâmicas e cestarias indígenas tingidas de pigmentos fortes. “Tons intensos atraem meu olhar como um ímã. Feiras de fores e frutas são um paraíso estético para mim”, diz. O tempo correu, mas Bebel continua a mesma. Em seu apartamento carioca, atual refúgio, a realidade não poderia ser diferente. Mix de ateliê e casa, o espaço de 110 m2 segue o estilo particular que caracteriza a artista: traz grandes doses de cor e estampas aplicadas por toda parte – inclusive nas paredes, pintadas de vermelho, rosa e laranja, sua paleta favorita. “Há cinco anos, passei a criar também padronagens têxteis. Virou uma mania! A maior parte das almofadas que tenho é assinada por mim”, explica. E elas são muitas, assim como os objetos, os bonecos, os livros, as obras de arte, os presentes de amigos e os CDs, de bandas de old jazz, fanfarra, MPB e salsa. Tudo convivendo na mais perfeita harmonia. “Esse perfil acumulativo tem se intensificado. Talvez porque me conheço cada vez melhor e consigo traduzir minha essência nos elementos que mantenho por perto”, conclui

 

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Nem bem havia completado 18 anos, o DJ Pil Marques já não morava mais com os pais. Longe de representar uma crise de rebeldia, a mudança teve origem numa necessidade: abrir espaço para suas coleções. “Meu quarto ficou pequeno para acomodar mais de 300 patos de borracha e dezenas de bonecos retratando personagens de seriados japoneses dos anos 1970”, lembra. Com o passar do tempo, ele somou ao acervo pinguins de geladeira, louças antigas e móveis das décadas de 1950 e 1960. “Adoro encontrar essas preciosidades na internet ou em feiras e brechós. Tanto que cheguei a abrir uma loja para vendê-las, incentivado pelo interesse de quem conhece meu lado garimpeiro”, conta o rapaz, que fechou o ponto em 2009 e promete reinaugurá-lo, em versão on-line, nos próximos meses para a alegria de outros colecionadores. Mas, se deparar com essas “futilidades afetivas”, como define, vira um prazer, encaixá-las na decoração pode configurar uma bela dor de cabeça. “Ele achava tudo bagunçado e não me permitia visitá-lo”, recorda, aos risos, o namorado do DJ, o arquiteto Guilherme Torres. Com jeitinho, o profissional convenceu o dono da casa – na verdade, um apartamento de 190 m2, em São Paulo – a deixá-lo organizar o amontoado de raridades, agora setorizadas: num canto, estão os heróis de TV; em outro, as peças do universo musical; os patinhos foram parar no lavabo; e assim por diante. “O arranjo valorizou os itens, antes agrupados de qualquer maneira e, por isso, perdidos. Nada sobressaía”, fala Guilherme. E, se há algo importante para pessoas como Pil, é evidenciar tesouros arduamente caçados mundo afora. “Levei cinco anos até reunir as imagens dos quatro integrantes da banda Kiss, superdifíceis de conseguir. Me dá orgulho de vê-las em destaque na sala”, diz ele.

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