Detalhes do loft sustentável da artista plástica Rita Retz
A sustentabilidade está incorporada ao dia a dia da artista plástica Rita Retz. Por isso, ela escolheu um lugar com o mesmo conceito para montar sua casa
A luz natural que invade o ambiente revela e intensifica as cores dos tecidos e os detalhes dos móveis de época no ateliê da artista plástica Rita Retz. Bem instalado no primeiro piso da casa de 300 m², projetada por ela mesma, o lugar reflete a personalidade da moradora: é luminoso, simples e delicado.
Adepta dos movimentos slow living e upcycling – o primeiro propõe uma vida mais tranquila e a conexão com as coisas que realmente importam, e o segundo, a transformação de peças descartadas em novos produtos –, ela transferiu esses princípios para o seu trabalho e a sua casa. “Produzo tecidos que reciclam outras matérias-primas e usam pigmentos naturais e biodegradáveis. Além disso, uma cisterna faz o reaproveitamento da água utilizada na lavagem das telas”, explica. “Já na construção, adotei vidros descartados e madeira vinda de demolições”, explica.
A ideia de viver apenas com o essencial ganha força no loft, acessado por um lance de escadas. Em formato de U – proposital para abraçar o ateliê –, a área tem ambientes conectados e enxutos: cozinha, salas de jantar e estar, quarto, banheiro, área de estudos e uma pequena varanda externa.
O décor mistura tons de rosa (a cor favorita de Rita) e diversos estilos de móveis e objetos de um jeito bem pessoal. “Algumas peças estão na minha família há algum tempo, como a poltrona, que pertenceu a meu avô. Outras foram garimpadas em antiquários e ainda há alguns achados contemporâneos com a mesma pegada do projeto”, conta.
Da natureza, ela tira inspiração para as estampas de seus tecidos, encontrados com facilidade nos ambientes: almofadas, cortinas e colchas costuradas por ela mesma colorem o lugar. “Minha casa é meu laboratório. Adoro testar meus produtos aqui.”