Banheiros pequenos e bem resolvidos
A limitação de espaço nestes banheiros foi contornada com grandes espelhos, bancadas econômicas, nichos no lugar certo e muito capricho no visual.
Espelho amplia o ambiente clarinho
Se a ideia é fazer o espaço parecer maior, revestimentos claros e um espelho generoso são uma fórmula sem erro. Foi nisso que pensou a arquiteta Maithiá Guedes ao projetar este banheiro de 3,80 m². “Optei por acabamentos nobres, pois eles garantem o visual bonito, e consegui até criar uma bancada com cuba dupla para o conforto do casal”, conta. A peça (1,30 m de largura x 45 cm de profundidade) foi feita de mármore travertino navona levigado (Santorini). Sob ela, o armário de madeira laqueada (Artigiano) ganhou nichos abertos, o que ajuda a dar leveza ao móvel.
Vermelho e concreto criam um ar moderno
Como os moradores são um casal jovem, a arquiteta Cris Negreira, do Estúdio On, quis criar um visual transado. Por isso, apostou na junção das pastilhas de vidro vermelhas (da Colormix, compradas na C&C) ao porcelanato que imita cimento queimado (60 x 60 cm, da Portobello). “Essa associação de tons é moderna e combina com o astral dos proprietários”, afrma. Para oferecer mais superfícies de apoio no ambiente de 3,36 m², Cris sugeriu cavar nichos na alvenaria – um deles, na lateral da bancada, recebeu fundo de espelho e prateleira de vidro e o outro rasga a parede do boxe de fora a fora. “Só foi possível fazê-lo porque a tubulação de água não passa por ali.”
Banheira vira área de relaxamento
Este banheiro precisou roubar um pedacinho da sala para comportar o desejo do morador: ter uma banheira de imersão. A peça, feita de alvenaria, foi revestida de cimento polimérico (NS Brazil), que se replica no piso e nas paredes. “Escolher materiais simples e uniformizar o visual do ambiente traz a impressão de que o espaço é maior. O mesmo vale para o espelho, que duplica a área”, afrma o arquiteto Túlio Xenofonte, da TXT Arquitetura, responsável pelo projeto. Um sistema de iluminação com controle remoto permite que o proprietário, adepto da cromoterapia, faça seu relaxamento trocando as cores das lâmpadas. O nicho sob a bancada deixa as toalhas à mão.
Equilíbrio de tons claros e escuros
Não foi necessário abrir mão da banheira de hidromassagem que já existia no banheiro de 5,70 m². Na reforma, o arquiteto Marcelo Rosset preservou a peça e repaginou o boxe, que fca numa área independente: o piso ganhou porcelanato (Portinari) e as paredes foram revestidas de pastilhas de vidro retangulares (Vidrotil). Sobrou espaço ainda para encaixar uma boa bancada. “Os moradores queriam ter duas cubas. Em vez disso, propus usar uma peça mais larga com duas torneiras. Ela ocupou o ponto do ambiente em que havia a maior área de circulação”, conta. Com várias gavetas, o armário guarda os produtos de higiene e é complementado por nichos de mármore (AM Mármores) no boxe.
Bancada com vista para a cidade
Atrás da pia, onde a maioria dos banheiros tem um espelho, este ambiente oferece uma grande janela voltada para a metrópole. “É algo inusitado e surgiu da necessidade de adaptar o ambiente a outra função, já que ele ocupou o lugar de um antigo quarto de empregada”, conta o arquiteto Gustavo Calazans, autor do projeto. A transformação do espaço, de 4,50 m², exigiu criar um degrau para embutir o encanamento – esse elemento foi revestido, por cima, de ladrilho hidráulico (Dalle Piagge) e de madeira de demolição na lateral. Feita de granito branco itaúna, a bancada se prolonga para o boxe. “A mistura de materiais é outra característica forte deste projeto.”