As casas de 5 mulheres que são referência nas áreas que trabalham
Cinco viagens ao mundo particular destas mulheres que imprimem seu estilo em suas residências
Com carreiras inspiradoras, estas cinco mulheres são referência nas áreas em que trabalham. Veja como elas imprimem seu estilo no jeito de morar – cada uma a sua maneira.
A dona do terraço
Misture França e Brasil com toques dinamarqueses e japoneses. Desse mélange, saem as preferências de Carolina Bueno, arquiteta e sócia-fundadora do premiado Triptyque Arquitetura, escritório franco-brasileiro que ela dirige ao lado de três amigos desde 2000. Em sua casa, é fácil notar a correspondência entre universos tão distintos por meio da arquitetura e do décor.
“Tudo aqui conta minha vida e minha história”, diz. Responsável pelo projeto de sua cobertura dúplex, ela aproveitou o espaço como desejava. Antes uma sala fechada, o terraço ganhou novas aberturas e verde por todos os lados. “Quando me dei conta da vista que podia ter, derrubei todas as paredes.”
Sempre na vanguarda
Expert em tendências, Andrea Bisker foi por quatro anos presidente na América Latina do WGSN, uma empresa de análise de movimentos globais. “Tenho uma curiosidade nata em relação às pessoas. Como pensam, se comportam e, acima de tudo, como vivem”, afirma.
Após um ano sabático, a publicitária lança uma nova empreitada, a Spark:off, uma agência de inovação voltada para design thinking e consumo. Apaixonada por design, Andrea traz para casa o que mais ama e permanece sempre de olho no que está em alta, como o estilo slow living. “Não me importo de ter uma casa com poucos móveis desde que sejam lindos, práticos e possam envelhecer comigo.”
Garimpo nacional
Logo na entrada da casa de Renata Mellão, há algo curioso: a mesa de jantar Saarinen faz par com uma única cadeira de couro, encontrada por ela no lixo, numa espécie de instalação de boas-vindas. A dupla antecipa a simplicidade e a limpeza do espaço. “Gosto dos vazios. São intervalos do olhar”, reflete a diretora do A Casa – Museu do Objeto Brasileiro, instituição que desde 1997 é responsável por catalogar e difundir o trabalho de artesãos do Brasil inteiro.
Os móveis e objetos de Renata a acompanham há décadas. Mas o que chama a atenção mesmo são os artefatos bem-humorados que garimpa em suas viagens de norte a sul. “Quero ter um pouco do que descubro por perto.”
Estilo retrô
Alguma coisa na casa da estilista Emannuelle Junqueira nos transporta imediatamente para outra época. Talvez seja o prédio, do começo do século 20, os móveis garimpados nos mais diversos antiquários ou então a própria dona da casa, que parece vinda da boemia parisiense da década de 1920.
Cotada por dez entre dez noivas que desejam um vestido dos sonhos para o casamento, Emannuelle tem um romantismo aflorado. E sua casa segue o estilo fielmente por meio de peças vintage delicadas e flores por todos os lados. “Assim como a roupa, considero a decoração uma experiência. Estou sempre em busca de objetos novos e procuro inventar com as coisas antigas”, explica.
Arte e memória
Antonia Bergamin não se recorda como ou quando a arte entrou em sua vida. “Ela sempre existiu”, conta a galerista, que desde criança acompanhava o pai, o leiloeiro e marchand Jones Bergamin, em visitas a museus e exposições mundo afora. Atuar na área foi um caminho natural.
Aos 28 anos, ela comanda, ao lado de Thiago Gomide, a galeria Bergamin & Gomide, que tem como missão valorizar os artistas históricos brasileiros. No apê que divide com o marido, Antonia mescla as memórias de família e a influência da profissão: obras dos artistas favoritos e mobiliário nacional assinado preenchem os espaços. “Incrível como aprendo todos os dias com a arte”, conta.