Apê paulistano com mix que vai do barroco ao contemporâneo
O apartamento de Marco Aurélio Viterbo vai de um estilo ao outro sem perder a harmonia
Ele adora esculturas clássicas greco-romanas e anjos barrocos. Mas também curte pop art, mobiliário dos anos 1950 e 60 e peças contemporâneas. “Gosto de uma boa mistura. Isso aquece a casa”, fala Marco Aurélio Viterbo.
É o que mostra este apartamento de 245 m² nos Jardins, em São Paulo, onde o designer de interiores veio morar nove anos atrás: em todos os ambientes, o mix segue estilos variados. “Eu já tinha muitos móveis e objetos e aumentei ainda mais o acervo ao longo do tempo, pois trago muitas coisas de viagem. Procurei arrumar tudo de um jeito gostoso, fazendo as combinações sem me preocupar com regras”, diz.
De vez em quando, ele tira um quadro daqui, coloca outro ali e muda a cara dos espaços. E leva parte dessas obras para o escritório, em Pinheiros, bairro a 15 minutos de carro. “Como a distância é curta, aproveito para almoçar em casa e relaxar um pouco”, fala, mostrando que viver na capital paulista não alterou hábitos típicos de quem nasceu e se criou na pequena Sabará, cidade histórica mineira próxima de Belo Horizonte.
Sua mineirice, inclusive, aparece em vários pontos do apartamento – o armário antigo da cozinha, assim como outras peças, veio de Tiradentes (MG).
Bem ao estilo de Marco, o móvel foi combinado com uma mesa africana de ferro e cadeiras diversas: nas cabeceiras, os modelos são estofados, de madeira entalhada pintada de dourado, e, nas laterais, versões brancas da Panton, de plástico injetado. Tanto estas quanto as outras estão sempre a postos para acolher os amigos. “Adoro receber”, diz o morador (o café e os pães de queijo quentinhos, com os quais ele esperou nossa equipe de reportagem, indicam que ele é um anfitrião dos bons).
Mesmo quando está sozinho, o designer de interiores ama ficar em casa e passa bastante tempo vendo filmes na sala de TV, instalada onde antes havia um quarto.
Escutar música também o encanta – e a playlist, claro, só poderia ser das mais variadas. “Ouço de MPB a rock, passando pelo clássico”, conta. O gosto eclético dele, como se percebe, não se resume ao décor.