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Apê com décor vintage e toques contemporâneos

Apaixonado pela estética dos anos 1950 e 60, Roberto Sansão mistura o passado e o presente para dar o tom em seu apartamento

Por Reportagem Visual: Olivia Canato | Texto: Nádia Simonelli
Atualizado em 20 Maio 2022, 11h19 - Publicado em 24 Maio 2018, 16h58
Sobre o sofá de Sergio Rodrigues (Filter), obra de Florian Raiss. Há também telas de Victor Vasarely e Maria Bonomi. Poltrona de Hella Jongerius (Vitra), tapete da Punto e Filo, mesa de centro da Filter e lateral da Micasa. (Victor Affaro/Revista CASA CLAUDIA)

“Uma coisa de que gosto aqui, mas que muita gente não curte, é o fato de os ambientes serem totalmente devassados. Eu não ligo. Me sinto como no filme Janela Indiscreta, de Alfred Hitchcock”, conta o executivo Roberto Sansão, proprietário deste apartamento no bairro paulistano de Higienópolis.

O executivo Roberto Sansão na varanda do apartamento. (Victor Affaro/Revista CASA CLAUDIA)

A paixão do morador pela obra do cineasta britânico, pela arquitetura do edifício que escolheu para viver e pelo mobiliário vintage, que se destaca no décor, não é por acaso. “Ele cultiva a nostalgia e aprecia tudo o que vem das décadas de 1950 e 60”, diz o arquiteto Antonio Ferreira Junior, autor do projeto ao lado do sócio, Mario Celso Bernardes.

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Na parede, obras de artistas como Tomie Ohtake e Odetto Guersoni. Mesa de jantar (Florence Knoll) e cadeiras da Filter. Lustre da Dominici. (Victor Affaro/Revista CASA CLAUDIA)

Esse olhar carinhoso para o passado se relaciona, inclusive, com o prédio onde o apartamento está localizado. Há uma década, Roberto sonhava em morar no Cinderela, uma joia projetada por Artacho Jurado nos anos 1950. Depois de muita espera, surgiu a oportunidade de comprar um dos poucos apês com as características originais preservadas.

Detalhe do hall, com as características originais do Edifício Cinderela. Banco Celina, da Filter, e tela de Hércules Barsotti. (Victor Affaro/Revista CASA CLAUDIA)

Apesar de mexer o mínimo possível na planta e nos acabamentos, os profissionais adaptaram os ambientes a um estilo de vida contemporâneo, com um living integrado. “Incorporamos um dos quartos à área social a fim de criar a sala de jantar e abrimos a parede para o estar”, explica Antonio.

A porta-balcão da sala de jantar, assim como a do estar, ficou sem cortinas para deixar a vista livre. (Victor Affaro/Revista CASA CLAUDIA)

Alguns itens foram restaurados durante a reforma, a exemplo do taco de madeira e das maçanetas, que são polidas semanalmente pelo próprio morador. A ligação dele com o período em que o modernismo brilhou no Brasil se reflete na decoração também.

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Na parede ao fundo do corredor, ilustrações de um cartunista belga compradas durante uma viagem. ()

Entre os móveis soltos, os arquitetos usaram preciosidades do design nacional, como o sofá de Sergio Rodrigues e a escrivaninha de Jorge Zalszupin, ambos da década de 1960 – as peças fazem um mix interessante com a poltrona desenhada pela holandesa Hella Jongerius, lançada em 2017.

Bufê da Filter e, na parede, obras de Macaparana, Leonino Leão e Flávio de Carvalho. (Victor Affaro/Revista CASA CLAUDIA)
A escrivaninha do canto de estudos foi desenhada por Jorge Zalszupin (Filter). (Victor Affaro/Revista CASA CLAUDIA)

Outra paixão do executivo são as obras de arte. A primeira a ser comprada foi uma tela de Tomie Ohtake no tom preferido do morador, o verde. “Ela ganhou lugar de destaque: uma parede em que posso vê-la de qualquer canto do living”, explica. Hoje, o acervo cresceu e ficou eclético, com estilos variados – da pintura concreta de Hércules Barsotti aos nus fantásticos de Florian Raiss. Enquanto as telas dominam as paredes, a coleção de bonecos de personagens clássicos, como os dos filmes de Hitchcock, preenche a estante, de traço contemporâneo. Essa mistura de passado com um pé no presente toma conta do décor e tem tudo a ver com o estilo e as memórias de Roberto.

A estante ganhou nichos específicos para abrigar a coleção de bonecos. Foto de Eduardo Pozella. ()
Na cozinha, o verde domina a marcenaria (Madeirart) e os acessórios. Cadeiras da Tok & Stok. (Victor Affaro/Revista CASA CLAUDIA)
Roupa de cama da Trousseau e mesa lateral da L’Atelier (Filter). ()
Retrato pintado por Antonio Ferreira Junior. Luminária da Filter e cadeira vintage da Hobjeto. ()

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