Apartamento tem arquitetura com pegada retrô e décor vintage
O arquiteto Mario Celso Bernardes conhecia este apê havia tempos. Até que teve um insight, quis comprá-lo e o deixou com a sua cara
O apartamento já era um velho conhecido do arquiteto Mario Celso Bernardes. “Quem vivia aqui era meu sócio, Antonio Ferreira Junior, que decidiu se mudar para outro apê no mesmo prédio e colocou esse à venda. Um dia, vim visitá-lo, entrei e tive um estalo. Senti uma energia boa, me vi morando nesse lugar e disse ao Junior para tirar a placa da imobiliária do portão do edifício”, lembra. Antes de trazer suas coisas, Mario Celso mexeu aqui e ali: aumentou a integração da sala com a cozinha (que também ganhou um piso mais claro), renovou a lavanderia e redesenhou armários e bancadas. Mas manteve o charme antiguinho do imóvel térreo de 160 m², construído no fm da década de 1940. “Os tacos do piso e as portas são originais”, orgulha-se.
A pegada retrô da arquitetura tem tudo a ver com o estilo da decoração, cheia de toques vintage. “Não sou nada minimalista. Curto reunir muitos objetos e misturar referências. Minha casa conta histórias de viagens, de presentes que ganhei e mostra a minha personalidade. Sou brincalhão e expansivo”, resume.
A receita para misturar bem tantas influências, Mario Celso não tem. “É feeling mesmo. Ao montar uma composição de quadros, começo por um e vou pendurando os demais em volta até ficar do jeito que gosto”, fala. Arte, aliás, é um de seus assuntos preferidos, e o acervo preenche grande parte das paredes.
Já o mobiliário e os objetos combinam design assinado com itens garimpados e heranças de família. “Acho bacana ter por perto peças com essência, como minha coleção de pinguins. Uma tia deu o primeiro, eu adorei e virou um hobby. Comprei alguns e ganhei outros”, diz. Quando abre as portas aos amigos, o arquiteto escolhe um vinho na geladeirinha retrô transformada em adega e prepara uma massa. Se a pedida for sair de casa, aproveita ao máximo a vizinhança do bairro Higienópolis, em São Paulo. “Essa região é incrível! Ao mesmo tempo que parece Nova York, onde se faz tudo a pé, tem um clima quase do interior. Você sai e conhece o atendente da farmácia, o pessoal da padaria…”