9 medidas que tornam a casa mais segura para as crianças
Em casa, a segurança de seu filho vem em primeiro lugar. De olho nisso, fizemos um levantamento das áreas onde mora o perigo e de como escapar delas. Confira
Qual o berço mais adequado para o bebê? É preciso colocar grades nas janelas e varandas? Para ajudar você a fazer a escolha certa, elaboramos um guia da criança seguro. As dicas começam com a adequação do espaço em que seu filho vive. Afinal, segundo a pediatra Renata Waksman, do Departamento de Segurança da Criança e do Adolescente da Sociedade Brasileira de Pediatria, a maioria dos acidentes com bebês de até 2 anos envolve situações do cotidiano doméstico. É para minimizar essa estatística que elencamos um arsenal de boas medidas preventivas.
1. Móveis
Providencie cantoneiras arredondadas. Bibelôs, peças de vidro e ferro devem ser evitados na decoração. A coordenadora nacional da ONG Criança Segura, Alessandra Françoia, também recomenda retirar mesas centrais da casa. “O ambiente deve ficar o mais livre possível, com poucos obstáculos, para que a criança não esbarre em quinas e se machuque.”
2. Tomadas
Protetores para o dispositivo evitam que as crianças insiram objetos, ou o próprio dedinho, nas tomadas da rede elétrica.
3. Cozinha
O pediatra Marcelo Reibscheid, do Hospital São Luiz, em São Paulo, é taxativo: “Ali não é lugar para criança”. Há fogão, objetos pontiagudos e cortantes. E grãos (feijão, arroz, milho), que os pequenos adoram colocar na boca, nos ouvidos e no nariz. “Limite o acesso instalando um portão na entrada da cozinha”, sugere o médico. Existem modelos portáteis que se fixam nos batentes.
4. Área de serviço
Baldes e bacias com água ou roupas de molho guardam um risco potencial. “O bebê pode tombar dentro desses recipientes e não conseguir desvirar porque sua cabeça é mais pesada do que o corpo”, explica Marcelo. Produtos de limpeza devem ficar no alto ou em armários com chaves ou travas.
5. Banheiro
Guarde medicamentos e lâminas de barbear no alto, longe da curiosidade infantil. Além disso, as crianças gostam de brincar com a água do vaso sanitário, um risco de contaminação ou afogamento. Mantenha a porta do banheiro, portanto, fechada. Se você tem banheira, não deixe o bebê sozinho sequer por um minuto ali. E, antes de mergulhar o pequeno na água, verifique a temperatura dela para não causar queimaduras. “Se o seu cotovelo aguentar tranquilamente, a água está ótima”, ensina Renata Waksman.
6. Janelas
É preciso colocar grades metálicas ou redes (lembre-se que as redes necessitam de manutenção a cada dois anos). E, mesmo assim, não deixe móveis encostados debaixo das janelas. Isso evita que o pequeno as alcance. Quando você for a um local que não tenha grades ou redes, esteja alerta, pois a criança pode se colocar em situação de risco.
7. Piscina
Para Renata Waksman, a principal medida preventiva é cercar a área com grade alta e manter um portão trancado com chave. “Cobertura de lona e alarme são complementos, mas podem dar a falsa impressão de segurança e fazer com que os adultos relaxem no cuidado. A constante supervisão de um adulto quando a criança está na água ou próxima da piscina é fundamental”, afirma a médica.
8. Brinquedos
Uma dica: “Se o objeto passa pelo rolo do papel higiênico, está proibido para menores de 3 anos”, afirma o especialista Marcelo Reibscheid. Celulares, chaveiros e controle remoto com bateria, apesar de grandes, também devem ser mantidos a distância, já que são facilmente desmontados pelas crianças. Bichos de pelúcia podem suscitar alergias respiratórias, então, o melhor é buscar alternativas de pano ou borracha, que podem ser lavados e não juntam pó.
9. Berço
Dê preferência aos modelos com o selo do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro). Embora não seja obrigatória, a certificação garante que o fabricante segue padrões – como a distância segura entre as grades (que não deve ser superior a 6,5 cm para evitar que a criança se enrosque nelas). Os pediatras Renata Waksman e Marcelo Reibscheid recomendam ainda alguns detalhes na hora de comprar esse móvel infantil:
• Atenção à estabilidade. Se tiver rodinhas, é obrigatório um sistema de travamento.• Evite berços com bordas cortantes e pontiagudas, e certifique-se de que não há partes pequenas que o bebê possa engolir.• O mecanismo de rebaixamento das grades deve ter travas que a criança não consiga deslocar.• O estrado deve ter altura regulável. A distância mínima entre o topo da grade lateral (ajustada na posição mais baixa) e a superfície do estrado (regulada na posição mais alta) não pode passar de 22,8 cm.• Com relação ao colchão, opte por um plano, duro, não deformável e perfeitamente ajustado ao berço. A fresta máxima permitida entre colchão e estrado é a grossura de um dedo de um adulto.• Até os 6 meses da criança, é importante manter os protetores laterais para evitar que ela coloque os braços e as pernas entre os vãos.• Após os 6 meses, quando ela já fica de pé no berço, além de rebaixar o estrado, é necessário retirar o protetor lateral – que vira trampolim para o pequeno.• Também é importante manter o móvel longe de tomadas, fios elétricos, puxadores de cortinas e janelas.