5 construções que resistiram à invasão imobiliária
Não é só nos filmes que alguns moradores precisam resistir às pressões das construtoras para impedir que suas casas sejam demolidas
Assim como Carl Fredricksen, o senhor rabugento da animação Up – Altas Aventuras, e Clara, a jornalista aposentada do filme Aquarius, as pessoas da vida real também resistem à especulação imobiliária e às ofertas milionárias das construtoras. Chamadas de nail houses, ou “casas-prego” em Português, muitas vezes elas são cercadas por novas construções, mas continuam ali. Confira 5 construções que resistiram à invasão imobiliária:
1. O edifício Oceania, em Recife, onde o filme Aquarius foi gravado, tem uma história bem parecida com o do longa. Localizado na Avenida Boa Viagem, ele é um dos últimos na cidade deste tipo de prédio residencial multifamiliar, de meados do século 20, e resiste às tentativas de compra das construtoras.
2. A Casa Bandeirista, na Avenida Brigadeiro Faria Lima em São Paulo, foi construída no século 17 e, além de residência, já abrigou clínica psiquiátrica e um estacionamento. A casa direcionou o projeto do escritório Botti Rubin Arquitetos para o edifício Pátio Victor Malzoni, que conta com um vão livre de 40,5 metros de largura para deixá-la visível.
3. Em 2006, Edith Macefield, de 84 anos, recusou uma proposta de um milhão de dólares para vender sua casa em Seattle. A construtora teve, então, que erguer o shopping ao redor da residência. Dizem que o filme Up – Altas Aventuras foi inspirado nessa história.
4. Uma casa tombada de 1929 foi incorporada como parte da entrada principal ao projeto da Torre Reforma, que com 246 metros é atualmente a mais alta da Cidade do México. O projeto é do LBR&A Arquitectos.
5. Mais de 2,7 mil pessoas participaram de um abaixo-assinado para salvar a fachada do século 19 da Spiegelhalter, uma antiga loja de joias e relógios em Londres. Atendendo ao pedido da população, a construtora prometeu usar a construção – que já é cercada pelo prédio de uma antiga loja de departamento, a Wickman’s – como a entrada de um novo complexo comercial.