10 boas ideias para fazer o espaço render num apartamento de 72 m2
No apartamento do advogado Diego Santiago y Caldo, estruturas aparentes, móveis de cores ousadas e peças repletas de recordações dão personalidade ao projeto.
Imagine perder alguém muito querido. Imagine isso acontecer no momento de traçar planos e sonhar com a casa ideal. Foi essa a barra que o advogado Diego Santiago y Caldo enfrentou há um ano, quando o artista plástico Rogério Degaki morreu repentinamente. Os dois estavam quase finalizando a reforma do apartamento em que viveriam juntos, projetada pela equipe da Omnibus Arquitetura (Cris Cavalheiro, Daniela Mattos, Guto Vicentainer e Thamy Geraissate). Passado o baque inicial, Diego resolveu que não desistiria da empreitada – nem venderia o imóvel, como se pode esperar – e deixaria tudo exatamente como ele e Rogério haviam pensado. “Queríamos um lugar com jeito masculino”, diz o morador. Os arquitetos responderam ao pedido descascando vigas e colunas. “Elas dão o ar de brutalidade. Em contrapartida, as cores vivas da marcenaria e do mobiliário trazem alegria e aquecem o tom de concreto”, explica Daniela. Outros desejos incluíam preservar paredes, a fim de ter onde pendurar o acervo de quadros, e uma estante para abrigar a coleção de toy art. Hoje, Diego aproveita o espaço recebendo os amigos sempre que possível. “Gosto de cozinhar e chamo o pessoal para experimentar algum prato novo que eu tenha descoberto.” As lembranças estão por toda parte e o confortam no dia a dia.
Entre cores e figuras divertidas
Formado em artes visuais pela Fundação Armando Álvares Penteado (Faap) em 2000, o paulistano Rogério Degaki (1974-2013) foi muito influenciado pelos quadrinhos japoneses e pelo artista norte-americano Jeff Koons. Suas esculturas – de isopor e fibra de vidro com pintura automotiva –, embora lúdicas e bem-humoradas à primeira vista, lidavam com temas densos, relacionados à sexualidade e ao corpo. Atualmente, as obras do artista plástico podem ser encontradas na Galeria Marcelo Guarnieri.