Passei em 7 concursos públicos
Sou conhecido como o guru dos concursandos. Veja as minhas dicas para conseguir a sua vaga!
O estudo e a persistência devem caminhar juntos
Foto: Arquivo pessoal
Foram seis reprovações. Eu tinha tentado os concursos de oficial de justiça, juiz, defensor público e promotor. Havia dedicado um ano exclusivamente ao estudo até que, finalmente, consegui o primeiro cargo público: analista judiciário do Tribunal Regional Federal do Rio de Janeiro (TRF-RJ).
Nele, fiquei apenas oito meses. Até que com 23 anos me tornei o delegado mais jovem do estado. A carreira na delegacia durou só cinco meses. Fui aprovado para a Defensoria Pública onde fiquei por três anos, até me tornar, aos 25 anos, o segundo juiz federal mais novo do país.
Aprendi muito com as minhas reprovações. Notei que muitas pessoas que eram consideradas inteligentes, capacitadas e com boas condições financeiras não eram aprovadas. Ao mesmo tempo, vi candidatos que tinham vários empregos e que passavam por dificuldades conquistarem suas vagas no serviço público.
Conclui que o sucesso em um concurso depende muito mais do empenho do que da situação financeira ou até mesmo da inteligência.
Vim de uma família pobre
Sou de uma família de agricultores de Magé, no interior do estado. Meu pai tinha que andar 20 km todos os dias para estudar na zona urbana da cidade. Mesmo assim, conseguiu fazer faculdade de ciências sociais, mestrado, doutorado e se tornou professor universitário.
Quando nasci, ele já tinha condições para me dar uma vida mais confortável. Ainda assim, sempre estudei em escolas públicas. Meus pais me obrigavam a estudar duas horas diariamente. Com 16 anos fui aprovado em primeiro lugar no vestibular de direito da Universidade Federal Fluminense (UFF).
Ainda na faculdade me desiludi com o direito e com as injustiças e desigualdades do nosso país, mas me dei conta de que só poderia melhorar isso se estivesse dentro do sistema. Então, optei pelo concurso público.
Muita gente fala que entrar para o serviço público é desperdício, que uma pessoa poderia render muito mais na iniciativa privada. Não é verdade. Um bom juiz, policial, auditor ou fiscal, honestos e comprometidos, podem ser muito úteis à sociedade. Hoje trabalho na 4ª Vara Federal de Niterói, que é premiada por produtividade. Chefio 20 funcionários da melhor qualidade. É possível ser um servidor público motivado.