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Ganho R$ 7 mil em uma empresa de logística

Meu trabalho exige mãos de ferro para lidar com caminhoneiros e mecânicos, mas não me intimido!

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 21 jan 2020, 03h26 - Publicado em 22 mar 2010, 21h00
Leo Branco (/)
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Ganho R$ 7 mil em uma empresa de logística

Ter sangue frio para tomar decisões rápidas é um pré-requisito para trabalhar em logística
Foto: arquivo pessoal

No ano passado, tive um dos maiores desafios da minha vida: precisava transportar 12 toneladas de celulares de São Paulo a Brasília em dois dias. O prazo era curto, mas eu estava acostumada. Fretei um avião cargueiro em Manaus para vir até São Paulo e levar a carga ao seu destino.

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Esse avião não pôde sair de Manaus por problemas técnicos e eu aluguei outra aeronave, menor. Mas quando esse segundo avião pousou, já no dia seguinte, eu e minha equipe percebemos que nossos contêineres eram maiores do que as portas da aeronave. O prazo estava cada vez mais apertado, mas não me desesperei. Mandei trazer grandes caminhões da empresa em que trabalho para levar a carga por terra. Eu mesma ajudei minha equipe a desembrulhar os contêineres e colocá-los nos caminhões. Foi uma correria danada, mas tudo deu certo e a encomenda chegou no prazo!

Ter sangue frio para tomar decisões rápidas é um pré-requisito para trabalhar em logística. Estou nessa área há 18 anos. Comecei a trabalhar aos 15, como auxiliar em um escritório de contabilidade. Lá, aprendi a fazer os cálculos de uma empresa: as principais despesas e receitas, como pagar impostos e atender melhor o cliente.

Levei de cosméticos a eletroeletrônicos

Ao sair do escritório de contabilidade, fiquei dois meses sem trabalho. Aí, recebi a proposta de um amigo para trabalhar como atendente de telemarketing em uma transportadora de cargas. Eu não sabia nada sobre a área, mas aceitei porque gosto de desafios.

Minha função inicial era agendar visitas dos executivos da empresa a possíveis clientes. Me apaixonei pelo ramo já no primeiro dia de trabalho! Em apenas um ano, fui promovida a secretária do setor comercial. Então, passei a ajudar os vendedores dos nossos serviços.

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Antes de fecharem um pedido de transporte de materiais, eles falavam comigo para saber como faríamos a operação: quantos caminhões usaríamos, por onde nossa carga passaria e que preço poderíamos cobrar, entre outras informações. Fiz isso por quatro anos e fiquei craque em logística.

Aí, a empresa onde trabalho abriu um setor de transportes aéreos e me pediu para assumir essa função. No início, eu mesma fechava os negócios que envolviam transporte por avião. Já transportei de cosméticos a eletroeletrônicos. É uma responsabilidade enorme!

Preciso ser ágil e eficiente no dia a dia

Antes de levar a carga ao avião, precisamos embalá-la de maneira que nada se quebre ou extravie durante o trajeto. Após o desembarque, o cuidado é com a segurança. Para evitar roubos no caminho, é preciso investir em programas de computador que detectem, a qualquer instante, a localização exata da carga enquanto está em nossas mãos.

Hoje sou gerente nacional do transporte aéreo. Conheço cada detalhe para que nada dê errado com as encomendas. Por isso, viajo pelo menos duas vezes por mês para algumas das 38 filiais da empresa espalhadas pelo país. Dou treinamento aos funcionários para avaliar de que forma podemos oferecer um serviço ainda melhor e mais rápido.

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Agilidade e eficiência são palavras mágicas nessa profissão! Para entendê-la um pouco melhor, fiz um curso superior em Logística. Terminei os estudos em 2006. Eles foram essenciais para que eu conhecesse melhor os termos técnicos usados por outros profissionais e planejasse novas ações na empresa. Além disso, eles garantiram minha ascensão profissional nesses anos. Quando comecei a trabalhar com logística, há 18 anos, eu recebia pouco mais de R$ 1 mil por mês. Hoje tiro R$ 7 mil.

Evito roupas ousadas no trabalho

Essa é uma área que remunera bem os profissionais empenhados. Trabalho de segunda a sexta-feira no escritório, das 8h às 18h. Mas estou ligada 24 horas por dia ao meu celular. Caso um cliente ou um funcionário da empresa me liguem à noite, com um pedido de encomenda ou alguma outra demanda, posso atendê-los a qualquer hora.

E não me abato facilmente com essa rotina puxada. Ter garra é importante para se dar bem na área, especialmente para as mulheres. Apesar da evolução tecnológica que o setor viveu nos últimos anos, que trouxe mais gente especializada, ainda há preconceito contra o trabalho feminino.

Acham que não estamos preparadas para o contato com os profissionais que lidam diretamente com cargas, como mecânicos e caminhoneiros. Levo numa boa porque tomo vários cuidados. O principal é não usar roupas provocantes no ambiente de trabalho e não perder o foco com assuntos domésticos. É um exercício diário, mas o crescimento e a satisfação profissional compensam todo esforço!

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