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Faturo até R$ 3 mil por mês como costureira

Eu era doméstica e, aos pouquinhos, conquistei meu espaço no mundo da moda. Co mecei com consertos, passei para um ateliê e agora tenho minha própria grife

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 21 jan 2020, 06h07 - Publicado em 22 set 2009, 21h00
Lígia Menezes (/)
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Faturo até R$ 3 mil por mês como costureira

Para ganhar clientes, cobrei bem baratinho 
no começo
Foto: arquivo pessoal

De vez em quando eu fazia ajustes nas roupas da minha patroa. Foi assim, aos poucos, que ganhei confiança para largar meu emprego de doméstica e me tornar costureira. Ralei muito para conquistar clientes e me manter no ramo. Hoje, já fiz até faculdade de moda e abri minha própria grife. Chique, não?

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Ganhava presentes dos patrões

Aprendi a costurar aos 11 anos com uma das minhas irmãs, mas não acreditava que seria possível me manter dessa maneira. Por isso, virei empregada doméstica. Como estava difícil pagar as contas, passei a costurar pra tirar uma graninha extra no final do mês.

Minha patroa me incentivava. Ganhei até uma máquina de costura de presente! Foi aí que passei em algumas fábricas de roupas para oferecer meus serviços.

Conciliava tudo com o trabalho de doméstica. Comecei a pegar costuras de vizinhas. Até que, um dia, o pessoal da creche dos meus filhos pediu para eu confeccionar os uniformes. Fiquei muito feliz ao ver que eles acreditavam em mim. Depois disso não parei mais.

Um patrão que tive depois me ofereceu o porão da casa dele para costurar. Assim, montei meu primeiro ateliê. Ia após o serviço. Nem sei como eu aguentava trabalhar tanto. Aos 32 anos, larguei o serviço doméstico, porque o ateliê começou a dar certo. Trabalhei lá por quase dez anos!

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Como conquistei a clientela

Montei um panfleto no computador e imprimi. Tirei um monte de cópias para distribuir em lojas de roupas, me oferecendo para fazer ajustes. Logo me passaram um serviço.

Para ganhar clientes, cobro bem baratinho no começo. Se gostarem do jeito como eu trabalho, mandam mais clientes. Aí, vou aumentando o preço aos poucos, até chegar a um valor justo.

Vim de família humilde

Vi meus filhos crescerem profissionalmente e me deu uma vontade de crescer junto! Por isso, me matriculei em vários cursos para melhorar a qualidade dos meus serviços e aprender técnicas novas. Comecei com oito cursos de corte e costura. Fiz também um de aperfeiçoamento em máquina industrial e outro de modelagem e alfaiataria.

Eu tinha um sonho antigo de fazer faculdade de moda, mas nunca havia surgido a chance de realizá-lo. Venho de uma família simples. Sou a nona filha, de um total de 11. Meu pai não tinha a menor condição de pagar nossos estudos. Mesmo sozinha, consegui realizar meu desejo aos 42 anos. Paguei as aulas graças a um projeto do governo chamado Escola da Família.

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Abri minha loja

Estava feliz com meu ateliê. No entanto, eu sempre gostei de criar, e lá eu fazia apenas o que me pediam, não o que eu desejava fazer. Eu queria ultrapassar meus limites.

Então, pedi um empréstimo de R$ 5 mil ao banco. Deu certo. Consegui abrir minha loja. Lá, crio e também faço peças sob medida para os clientes. Eles levam referências que veem em revistas e eu costuro.

Já as peças que crio são exclusivas. Além de tirar o modelo da minha cabeça, não faço mais do que três de cada.

Quero passar meus conhecimentos

Em minha loja, criei uma sala de aula no piso superior. Lá, ensino costura para iniciantes. Também dou aulas particulares e na creche que meus filhos frequentavam. Continuo fazendo serviços de conserto para lojas e clientes individuais.

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Meu faturamento chega a R$ 3 mil por mês. Claro que ainda estou pagando dívidas, pois a loja foi inaugurada há dois meses, mas já me sinto realizada!

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