Falta de informação, comodismo ou pura preguiça. Esses são os principais motivos que nos fazem perder dinheiro todos os dias, seja em benefícios públicos a que temos direito, mas não fazemos ideia, ou até mesmo em descontos que deixamos de aproveitar. Muita gente não vai atrás dessas oportunidades porque não quer encarar a burocracia. Isso é um erro que pode custar caro, avalia o especialista em finanças Newton Machado. Um cafezinho ao dia ao longo de dez anos pode se converter num carro popular, acrescenta. A seguir separamos algumas oportunidades de ouro. Aproveite e encha seu bolso!
Pontos do cartão de crédito
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Com os programas de fidelidade, o consumidor acumula pontos a cada compra e pode trocar por eletrodomésticos, passagens aéreas e descontos em hotéis e restaurantes, por exemplo. A quantidade de pontos acumulada varia de acordo com o tipo de cartão, e a validade depende de cada operadora. Estima-se que são poucos os consumidores que efetivamente fazem uso
desses pontos. Em 2010, mais de R$ 100 bilhões foram jogados fora pelos clientes! Tente concentrar todas as compras em um só cartão para que os pontos estejam num só lugar, aconselha Machado.
Como faturar: cadastre-se com sua operadora de cartão e informe-se sobre o resgate dos benefícios.
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Convênios
Muitas vezes a empresa em que você trabalha possui convênios com alguns estabelecimentos. Ao informar que é funcionário de determinado local, pode-se obter desconto em uma compra ou serviço, como um curso de inglês.
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Como faturar: informe-se com o RH da sua empresa e sempre dê preferência aos locais conveniados.
Débito automático
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Pagar as contas em débito automático rende uma boa economia. Empresas de telefonia móvel e TV por assinatura, por exemplo, dão descontos de 5% no valor da fatura ou R$ 10 por mês. Parece pouco, mas no final do ano a economia pode chegar a R$ 120.
Como faturar: converse com as operadoras, informe-se dos descontos e peça ao banco que coloque as faturas em débito automático.
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Abono salarial
Todo trabalhador que recebe até dois salários mínimos, esteja cadastrado no PIS há mais de cinco anos e tenha trabalhado com carteira assinada por pelo menos 30 dias no último ano tem direito a esse benefício, que é liberado anualmente. O abono equivale a um salário mínimo.
Como faturar: para saber se tem direito ao benefício, entre em contato com a Caixa Econômica Federal pelo telefone 0800-7260207. Na hora do atendimento tenha o número do PIS em mãos, ok?
Notas fiscais
Os programas estaduais devolvem parte do imposto recolhido nas compras. Eles são um incentivo para que os cidadãos exijam dos estabelecimentos comerciais o documento fiscal.
Como faturar: cadastre-se no site do programa em cada estado. Os consumidores que informarem o CPF no momento da compra poderão escolher como receber os créditos (débito em conta ou abatimento do IPVA, por exemplo) e ainda concorrem a prêmios em dinheiro. Fique de olho no seu saldo.
Seguro-desemprego
O benefício pode ser solicitado por todo trabalhador demitido sem justa causa e que tenha trabalhado por, no mínimo, seis meses. O valor varia de acordo com a faixa salarial e pode ser pago por até cinco meses, conforme o período trabalhado.
Como faturar: o pedido deve ser feito do 7º ao 120º dia após a demissão junto à Delegacia Regional do Trabalho, no Sistema Nacional de Emprego ou nas agências credenciadas da Caixa Econômica Federal.
Cartões de fidelidade
Estabelecimentos como farmácias, lojas de departamentos e supermercados possuem esses cartões, que possibilitam o acúmulo de pontos e oferecem bons descontos. Um medicamento, por exemplo, pode custar a metade do preço ao consumidor que tem o cadastro na farmácia. Atenção, estamos falando apenas dos cartões de fidelidade, não os de crédito, ok?
Como faturar: faça a inscrição em cada estabelecimento e informe seu CPF ou número do cartão toda vez que fizer uma compra. É economia na certa!
Seguro DPVAT
Todo motorista, passageiro ou pedestre que sofre um acidente de trânsito tem o direito de ser indenizado por despesas médicas e hospitalares (até R$ 2.700); invalidez permanente (até R$ 13.500) e morte (até R$ 13.500). É para isso que quem tem carro paga todo ano essa taxa, que vence junto com a primeira parcela do IPVA.
Como faturar: vá a uma seguradora consorciada ou a uma agência dos Correios com os documentos (boletim de ocorrência, documentos da vítima e dos beneficiáros e, se for o caso de morte, laudo do Instituto Médico Legal). O prazo para fazer o pedido é de três anos a contar da data do acidente. O pagamento é feito em conta-corrente ou na poupança em até 30 dias
após a solicitação. Informações pelo telefone 0800-0221204.