Descobri a Gisele Bündchen
Sou caça-talentos e transformo mulheres comuns em top models de sucesso
Antes de me conhecer, Gisele não pensava
em ser modelo
Foto: Márcio Madeira
Eu trabalhava como olheiro em São Paulo quando recebi o convite pra dar um curso de aspirantes a modelo em Horizontina (RS), minha cidade natal, em 1994. Quem me convidou foi uma amiga que queria que eu ajudasse sua sobrinha a melhorar a postura.
A garota tinha 13 anos e, segundo a tia, era desengonçada, magrela demais e mais alta do que todos os colegas da escola – até a apelidaram de Olívia Palito. Mas assim que bati o olho nela percebi que tinha potencial. Resolvi apostar na menina. Deu certo. A magrela desengonçada era a Gisele Bündchen.
Convenci os pais e a tia da Gisele e, um mês depois do curso, trouxe-a para São Paulo para conhecer as agências de modelo. Ela me impressionou muito pelos traços e pela determinação. Na viagem de volta para o Rio Grande do Sul Gisele me disse: “Dílson, eu nunca pensei em ser modelo. Agora quero e vou conseguir. Vou ser muito rica e famosa”.
Sempre digo que santo de casa não faz milagre. Mas consegui achar a melhor modelo do mundo na minha cidade, que tem 17 mil habitantes. A Gisele é o maior orgulho da minha carreira, e olha que ela foi colocada no curso para melhorar a postura, nunca havia pensado em ser modelo.
As pessoas foram procurar a história dela e o seu sucesso me colocou na mídia. Essa exposição facilitou o meu trabalho de encontrar novos talentos e, hoje, muitos aspirantes me procuram para começar a carreira.