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Bitcoin, Nubank, NFC e tokenização: conheça as “moedas do futuro”

A necessidade crescente de ter um dinheiro totalmente digital impulsiona novidades e traz mais força às moedas online, como os bitcoins.

Por Gabriela Kimura
Atualizado em 21 jan 2020, 17h04 - Publicado em 11 nov 2015, 15h29

Você carrega o seu celular para cima e para baixo: é ele quem te acorda, conta as notícias do dia, mostra fotos incríveis do mundo todo, toca as músicas que você mais gosta… E se ele também se tornasse a sua carteira? Pois sim, essa ideia já existe há tempos no universo tecnológico e parece estar cada dia mais próxima de se firmar no mercado brasileiro. A verdade é que os smartphones e outros aparelhos eletrônicos são uma extensão no nosso dia a dia, totalmente conectados na Internet. E nada mais lógico do que apostar em tecnologias que possam facilitar o cotidiano, certo?

Bitcoin

Você provavelmente já ouviu falar ou conhece alguém que trabalhe com Bitcoins. A moeda digital é nascida, criada e alimentada na Internet – e essa é a grande vantagem dela. Basicamente, a ideia do bitcoin é a mesma de um e-mail: enviar dinheiro de um lugar para outro sem intermediários.

Pode parecer estranho, mas muito antes do seu correio eletrônico ser essa maravilha (que até permite até agendar mensagens para serem enviadas), cartas eram enviadas do modo tradicional pelos Correios. Hoje em dia, é tudo feito do seu computador para o computador alheio em segundos. E essa é a mesma proposta do Bitcoin.

Simplificando: esse é um dinheiro digital, que não precisa de um banco ou empresa para você tê-lo nem realizar quaisquer transações, não tem barreiras geográficas e tudo acontece rapidamente. “Isso é vantajoso principalmente para quem precisa fazer ou receber pagamentos no exterior, como os profissionais autônomos e liberais”, explica o sócio do Mercado Bitcoin Rodrigo Batista.

No entanto, existem alguns detalhes no quesito segurança que precisam de atenção. Basicamente, o seu computador precisa estar seguro para evitar quaisquer problemas futuros – e a maioria das pessoas não presta tanta atençao a isso. É bom não abrir e-mails com remetentes desconhecidos, vídeos estranhos nem links como “as fotos da festa de ontem ficaram ótimas”, se você não foi à lugar algum.

Por outro lado, sabemos que as transações são feitas de maneira anônima, porém, transparente: você consegue conferir se não houve duplicidade ou fraude, mas não saber quem está realizando. “No começo o Bitcoin não era rastreável, exatamente por ser totalmente digital, mas isso mudou. Ele deixa rastros nos computadores utilizados, por exemplo, o que não o torna anônimo, como é acreditado”, afirma Rodrigo.

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Reprodução/Giphy
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E por que não é algo tão difundido hoje em dia? “A falta de conhecimento é um desafio, que resulta em poucos lugares que aceitam e fazem. É também uma tecnologia ainda complexa de se usar, sendo necessário certo conhecimento técnico para tal”, ressalta. Se você quiser apostar na moeda para receber pagamentos, é preciso baixar um software que armazena os Bitcoins, conectando automaticamente à rede para recebê-los. Para realizar outras transações, você precisará de um gateway de pagamento, um programa feito para quem quer fazer pagamentos. “Normalmente cobra-se uma taxa de menos de 1% da transação. As pessoas pagam em Bitcoin e o próprio software transforma o pagamento em dinheiro (real) diretamente para a sua conta.” Prático, não?

A tecnologia por trás do Bitcoin, também conhecida como blockchain, está muito além do dinheiro. A The Economist aponta que a forma criptografada de armazenar e registrar todas as transações feitas poderia causar um grande impacto na economia e indústria mundial, como uma forma de prevenir fraudes e duplicidades. Ela seria quase como um sistema anti-abusos: isso significa que um imóvel não poderia ser registrado duas vezes nem afirmar que um pagamento nunca foi recebido por exemplo.

Mesmo com muitas vantagens, o Bitcoin é considerado um investimento de alto risco, principalmente por ser uma moeda “instável”: ela atingiu seu menor valor de mercado desde 2013, em que 1 bitcoin corresponde a US$ 210. Além disso, é difícil saber ao certo como obter o dinheiro, onde ele está sendo investido e outras formas de regulamentação, normalmente realizadas pelo governo – e por mais que a vontade de implementar essa tecnologia seja grande, há também muito receio.

Nubank

Reprodução/Giphy
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Feito para quem gosta de acompanhar todos os gastos na palma da mão, o cartão de crédito do Nubank foi criado para o smartphone. Ele ainda é físico, claro, mas você usa o aplicativo para conferir os gastos, o limite, para bloquear (se perder ou for roubado/furtado) e também para pagar a própria fatura. A grande vantagem é que, como não está vinculado a nenhum banco, não possui taxas, não cobra anuidade e ainda tem valores mais baixos de juros. “A nossa taxa é mais baixa do que a média do mercado de 14,5%. E nós cobramos 7,75% ao mês, ou seja, a metade do que normalmente se paga”, explica Cristina Junqueira, cofundadora da Nubank.

Ainda que não seja totalmente digital, a facilidade de resolver todos os pepinos no celular já ajuda muito – sem ter que pagar nada a mais por isso, então, parece até mentira. Mas o Nubank quer ir além: pretende implementar o sistema de tokenização junto com a Mastercard (bandeira do cartão) no Brasil. “Simplificando, acontece a quebra da mensagem em vários elementos que você consegue transmitir sem os elementos físicos (que seriam os cartões), para autorizar a transação”, explica Cristina.

Essa forma será utilizada quando as máquinas ou o smartphone não possuírem uma outra tecnologia chamada de NFC (do inglês Near Field Communication, em tradução livre Comunicação entre Campos Próximos), que é, basicamente, a mesma utilizada em leitores de crachás e outros cartões magnéticos, como o Bilhete Único. “A maior parte dessas máquinas já estão preparadas para receber a tecnologia NFC”, afirma a cofundadora do Nubank. Sendo assim você teria sim a opção de ter uma carteira digital e realizar todas suas compras pelo smartphone. Isso significa carregar todos os seus cartões e contas na palma da mão!

A grande questão é que ainda não há previsão de lançamento. “A tecnologia já está pronta, mas o lançamento depende de cada marca [Android, Samsung, Apple] desenvolver a carteira digital” que, por enquanto, não funcionam no Brasil. Os aplicativos já existem na maioria dos smarphones, como Android e iPhone, que contam apenas com funções como monitorar gastos e/ou armazenar e-tickets de shows, cinemas e afins.

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