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As lições de Patrícia Poeta para conciliar família e trabalho

Casada há 12 anos e mãe de um menino de 10, Patrícia Poeta se desdobra para desempenhar os seus vários papéis. E divide com a gente a sua receita para dar conta de tudo, com muita alegria

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 15 jan 2020, 20h44 - Publicado em 9 jul 2013, 21h00

Patrícia Poeta, apresentadora do Jornal Nacional e mãe de Felipe, de 10 anos
Foto: Nana Moraes

Quem acha que o trabalho da jornalista Patrícia Poeta, 36 anos, se resume a vestir uma roupa bonita, ajeitar o cabelo e apresentar o Jornal Nacional, está enganada. Além de comunicar as principais notícias de segunda a sexta ao lado de William Bonner, ela também é editora-executiva do JN e editora-chefe do Globo Notícias, que vai ao ar à tarde. A rotina na redação começa às 14h30 e termina às 22 horas, bem depois do famoso “boa-noite”. Mesmo chegando em casa tarde, Patrícia comemora o fato de ter o fim de semana livre para a família. Quando estava à frente do Fantástico (de 2008 a 2011), ela fazia malabarismos para dar atenção ao marido, Amauri Soares, diretor de programação da TV Globo, e ao filho, Felipe, de 10 anos. Hoje, toma café da manhã às 6h30 com Pipo (apelido do pequeno) e o leva para a escola. Depois, faz ginástica no transport, vê as notícias, almoça e às 13h30 corre para a Globo. Já nos fins de semana a rotina é tranquila. Os três jogam vôlei, jantam fora e fazem churrasco, seguindo as tradições gaúchas – afinal, Patrícia nasceu em São Jerônimo (RS). “Durante a semana me controlo na comida, mas até como um docinho. Já no fim de semana rola churrasco e sobremesa”, confessa. Nesta entrevista, ela conta como administra o tempo e dá dicas úteis para todas nós.

Trabalho a mil

Patrícia sempre quis contar histórias na TV. Em 15 anos de carreira, já foi repórter, moça do tempo, correspondente internacional, âncora e, agora, também editora. “A parte de apresentar é a mais tranquila. Quando comecei a fazer o JN, sentava na bancada e pensava: ‘Pronto! Agora só falta apresentar. Durante o dia não paro um segundo… Ajudo a fechar as matérias e sou responsável pelo Globo Notícias, aquele jornal que passa à tarde. Mesmo no camarim estou trabalhando. Pedi para fazer o make antes do cabelo, assim dou tempo para a equipe finalizar o material. Enquanto estou maquiando, não consigo me mexer, mas com o bob na cabeça, confiro as reportagens para ver se tem algum erro, alguma informação que o telespectador possa não entender… Aliás, esse é o meu trabalho mais novo: além de cuidar das minhas matérias, fecho as dos meus colegas.”

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Balanço geral

O ano e meio que se passou desde a estreia no JN, em dezembro de 2011, é definido por Patrícia como um período de amadurecimento do seu trabalho. “Tudo aconteceu tão rápido! Nunca tinha apresentado o JN. Só no dia da minha transição com a Fátima Bernardes é que sentei naquela cadeira. Daí, a ficha caiu. Pensei: ‘Bom, então vamos fazer da melhor forma possível’. Acho que esse primeiro ano foi de adaptação, de aprender coisas, entender melhor o jornal, ver como eu podia colaborar… Agora é hora de consolidar esse trabalho, o que de certa forma me dá mais segurança, me deixa mais à vontade para fazer o jornal também.”

A “nova” Patrícia

O cabelo encurtou, o sorriso diminuiu e até a roupa está mais séria. “Realmente, algumas coisas mudaram, pois o formato do JN é diferente daquele do Fantástico, que mistura jornalismo e entretenimento, duas coisas que adoro. No JN a proposta é outra. Temos 30 minutos para dar todas as notícias. Destas, 95% são sérias. Metade envolve morte, roubo, corrupção, então não tem como sorrir… E como eu adoro sorrir… Se pudesse sorriria o jornal inteiro! Até porque durante o dia eu sou assim, é o meu jeito. No JN, o Neymar fez dois gols? Aí consigo abrir um sorriso! Às vezes dou só no `boa-noite’. Mas tem dias que nem isso é possível fazer.” Patrícia cultivava o cabelo comprido desde pequena, porém para apresentar o jornal teve que cortá-lo. Quanto à maquiagem, diz que adora a que usa na tela, mas prefere o make feito pelo amigo e maquiador desta capa, Celso Kamura. “Em Roma, para a cobertura do Papa, tive que me virar.” Ao ouvir isso, Kamura fala: “Podia ter prendido o cabelo, né?”. Patrícia ri: “Pois é, não deu tempo! Acordava cedo para elaborar as matérias e apresentava o jornal à noite, quando lá já era 1 da manhã! No dia do anúncio do novo papa, fiz o make em cinco minutos! Durante o dia me meti no meio da multidão para ficar perto da Basílica e não consegui sair. Para não perder a hora, comecei a formular a matéria na cabeça e, quando voltei, só tive tempo de pegar um casaco no hotel. Depois até pensei que podia ter prendido o cabelo. Mas era tarde…”.

Entrevistas inesquecíveis

Durante a carreira, a jornalista entrevistou atores de Hollywood, como Tom Cruise, e prestou homenagem a grandes personalidades da TV brasileira, como Renato Aragão e Chico Anísio. Mas entrevistas com pessoas em seus momentos difíceis também fazem parte da lista de memoráveis. Uma delas foi a cedida por Ana Carolina Oliveira, mãe de Isabella Nardoni, assassinada em março de 2008 pelo pai e pela madrasta. “A gente foi conversando por telefone antes de a entrevista acontecer, até que ela se sentisse confortável. Quando acabamos de conversar, cheguei em casa e chorei tudo o que não pude chorar na entrevista. Outro encontro marcante foi com o Reynaldo Gianecchini. O jeito como ele lidou com o câncer me emocionou. No fim, a gente fica torcendo pelas pessoas!”

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Sonhos em família

Apesar de ser uma profissional dedicada, a jornalista preza a vida familiar. O maior sonho dela é continuar explorando o mundo ao lado do marido e do filho. “Todo ano planejamos juntos para onde queremos ir. Passamos o Natal no Egito, foi a única época que deu para conciliar as férias dos três e as condições climáticas. O legal é que temos muitas histórias para lembrar depois.” Patrícia está casada há 12 anos e acredita que o sucesso do relacionamento se dá por causa dessa união entre os três, que foi reforçada no período vivido em Nova York (EUA), de 2002 a 2007. “Ter morado fora e não poder contar muito com a família e os amigos ajudou: ali, nós três éramos o núcleo familiar. Nessas horas, o casamento vai ou racha. O nosso ficou muito fortalecido!”

Tempo para tudo

O período nos Estados Unidos ensinou Patrícia a exercer os papéis de mãe, esposa, profissional e mulher. “Eu levava o meu filho para a escola, ia ao supermercado, cozinhava, pegava o metrô para trabalhar… Às vezes, pensava que não ia conseguir, mas se todo mundo consegue, por que eu não? Depois, durante o Fantástico, reorganizei a rotina para poder ficar com a minha família, porque também trabalhava aos sábados e domingos. Nessa época, o meu filho tinha 5 anos. Acordava cedo para brincar com ele, levava para a escola e depois buscava, jogávamos tênis juntos e almoçávamos mais cedo. Agora, no JN, não posso mais buscá-lo na escola, mas vou levá-lo. Sabendo organizar o dia, você faz tudo e ainda se realiza. A nossa geração esta aí para mostrar que é possível. Se não rola 100%, faça 90%, sem culpa.”

4 conselhos da Patrícia para você

Organize o dia a dia

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No domingo à noite, já penso na programação da semana inteira. Nas outras noites, faço listas para saber o que e como farei no dia seguinte.

Faça uma coisa por vez

É preciso ser multifuncional, mas estar presente em cada coisa que se faz. Se estou numa entrevista, por exemplo, esqueço o celular. Se tentarmos abraçar o mundo, vira stress!

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Cuide de si mesma

Pratico musculação duas vezes por semana e exercícios no transport, de três a quatro vezes. Enquanto me exercito, leio o jornal e vejo as notícias na TV. É um momento em que dá para conciliar mais de uma tarefa.

Tenha flexibilidade

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Na época do Fantástico, os meus horários eram diferentes dos da minha família. Por causa disso, compensava de outras formas: acordando cedo para curtir os meninos, marcando programas com eles na semana… Às segundas, por exemplo, jogava tênis com o Pipo e, às quartas, íamos ao cinema.
 

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