Aprenda a ser uma superbabá como eu
Desde que comecei a trabalhar com crianças, aprendi muito e desenvolvi táticas. Comecei com o salário de R$ 900; hoje já ganho R$ 2 mil!
Sei que estou em teste o tempo todo, e isso me estimula a ser melhor
Foto: arquivo pessoal
Quem me vê toda delicada com bebês não acredita que já fui segurança. Só alguns anos atrás descobri minha paixão: cuidar de crianças! Comecei em uma creche. Acompanhava dia a dia o crescimento dos pequeninos. Me surpreendi com minha paciência e decidi investir na carreira.
Fiz um curso
Acho importante fazer curso de babá antes de começar na área. Lá, aprendemos a trocar fralda, lidar com diferentes personalidades e até massagens e banhos relaxantes para bebês.
Aprendemos também a nos portar com os patrões. Não interessa se você é tímida ou falante, é preciso mostrar uma postura séria. Procuro ser o mais invisível possível, para não tirar a liberdade deles. Peço licença para entrar nos lugares, não comento novelas ou noticiários, a não ser que peçam minha opinião, e o principal: não mexo nas coisas deles. Eu tenho receio até de abrir a geladeira! Claro, não é minha casa!
Adoro bebês
Gosto de bebês recém-nascidos. Aí, acompanho o crescimento deles. No meu último emprego, fiquei até a criança completar 2 anos e meio. Nessa idade, ele ficava na escolinha a maior parte do tempo, então não precisava mais de mim. Era hora de seguir.
A separação é difícil. Como passamos o dia juntos, eu me apego muita à criança. Desde o primeiro dia já brinco, canto… Também invisto na conversa, não importa que seja um bebê. Aí, eles se acostumam fácil comigo.
Mantenho contato
Depois que vou embora, procuro manter contato com a família. Faz bem para mim e para a criança. Ligo para ver se está tudo bem e também vou visitá-los.
Aprendo e ensino muito!
No começo é bem difícil lidar com os pais. Até eles pegarem confiança no meu trabalho noto olhares desconfiados. Piora quando eles são marinheiros de primeira viagem. Por outro lado, é mais fácil trocar experiências com esses. Eles estão mais abertos para aprender.
Conto a verdade sempre
Nenhuma criança está livre de cair da cama, bater a cabeça ou ralar o joelho. É normal, e os pais sabem disso. Sempre que acontece, socorro a criança e a acalmo. Quando já está tudo bem, ligo para avisar a mãe. O importante é explicar, com calma, como aconteceu. Nessa área, sei que estou em teste o tempo todo e encaro naturalmente. Aliás, isso me estimula a melhorar todos os dias.
Não adianta discutir com os pais
Nem sempre estou de acordo com a opinião dos pais da criança, mas sei que não adianta discutir. Quando as coisas que sugiro não são aceitas por eles, não insisto. Sei que sou apenas a babá da casa.
Também é normal notar um certo ciúme da mãe. Nessas horas, converso e mostro que o filho gosta mais dela do que de mim. Que pede colo para ela, que se acalma quando ouve a voz dela… Enfim, que ela é personagem principal da vida dele.