Segundo mês da transição capilar: aprendendo a ser mais gentil comigo
É uma constante desconstrução dos medos e neuroses de ter o "cabelo perfeito" - seja lá o que isso quer dizer.
Uau, mais quatro semanas se passaram! Às vezes parece que o tempo não corre, mas em outros momentos nem sequer me ligo que já foi mais um mês dessa fase capilar. Ao longo dos cinco meses que parei a progressiva – e também descolori o cabelo – a textura dele já mudou bastante. Meu cabelo era seco, depois virou oleoso e agora está entre um e outro. Além disso, o volume que parece ser o natural vem com tudo, principalmente enquanto ele está curtinho! A única coisa que ainda não consegui mudar foi parar de trocar de cor: esse é um novo “vício” pelo qual estou apaixonada!
Essa fase de mudança mexe muito com a cabeça da gente (literalmente!). Nos faz pensar sobre diferentes padrões que estão tão enraizados que nem percebemos. Fico sempre tão feliz em ver moças desfilando cachos, afros, tranças e ondulados livres. Mesmo dentre as minhas amigas mais próximas, quase todas já estão com seus fios naturais novamente. E assim elas se tornam verdadeiras inspirações para os dias difíceis.
Que parando para pensar não tem sido tantos quanto imaginei. O constante trabalho de me amar mais, de ser mais gentil comigo e aceitar meu corpo num todo me tira das neuroses. Não me preocupo tanto mais se o cabelo está do jeito que eu queria, se não está esquisito, se ainda está ressecado ou se não cacheia mesmo. Ele ainda está muito curto para ter cachos definidos – e aí eu dou uma forcinha com o Miracurl (aquele treco que enrola o cabelo mais fácil que babyliss) -, mas com paciência e muito creme de pentear, isso vai rolar. Continuo ansiando pelos dias de liberdade capilar!