Califórnia é o 1º estado dos EUA a punir discriminação contra cabelos afro
Depois da cidade de Nova York criar uma lei semelhante, agora foi a vez do estado da Califórnia aprovar a medida.
Em fevereiro deste ano, a cidade de Nova York deu um passo em prol de uma sociedade mais igualitária e diversa, e divulgou que passaria a punir qualquer tipo de discriminação contra pessoas de cabelos crespos. Dessa forma, desde que a medida foi aprovada, residentes do local, principalmente negros, que se sentirem discriminados ou constrangidos por usarem seus cabelos da maneira que bem entenderem, podem fazer denúncias formais dentro da lei.
Agora foi a vez da Califórnia, na última quinta-feira (27), aprovar de maneira unânime uma norma semelhante, se tornando o primeiro estado americano a punir discriminações contra cabelos naturais. Sancionado pelo Senado Californiano ainda em abril, o projeto se configura como uma emenda nas leis anti-discriminação, que passam a incluir “características historicamente associadas à raça e “negritude”.
Segundo a BBC, a lei foi atualizada principalmente após uma série de relatos de negros americanos ao longo dos últimos anos, que eram expulsos de escolas ou demitidos de seus empregos por conta de seus cabelos crespos ou com tranças que, para membros das instituições, eram considerados “anti-higiênicos, não-profissionais” ou “violavam regras nos códigos de vestimentas” dos ambientes. Só para citar um exemplo prático, sabe-se que mulheres militares dos Estados Unidos, até 2017, não podiam servir o exército se tivessem dreads em seus cabelos.
Para a senadora democrata Holly Mitchell, autora do projeto, ele vai desafiar mitos sobre o que é profissionalismo, e exatamente incentivar que empresas, escolas e universidades criem políticas mais inclusivas, que promovam a diversidade. “Homens e mulheres afro-americanos, muitas vezes, tiverem de investir em tratamentos químicos caros, agressivos e até mesmo perigosos para mudar a estrutura de seus cabelos naturais, obedecendo aos padrões de beleza”, falou ela, à CNN.
Que seja só o começo!