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Por DERMATOLOGIA
A médica Denise Steiner é dermatologista, ex-presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia e doutora pela Unicamp
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Estria cutânea: o que é e como tratar

As estrias são uma das maiores reclamações das mulheres em relação aos seus corpos. Entenda mais sobre ela e saiba como tratar

Por Da Redação
22 mar 2019, 17h12

A estria cutânea é uma afecção muito comum, sendo causa frequente de procura a consulta dermatológica. Apesar de ser considerada queixa estética, pode trazer importantes consequências psicossociais. Além disso, o aparecimento de striae distensae (SD) pode refletir alteração do tecido conjuntivo e expressar condições patológicas locais e sistêmicas.

As estrias podem estar associadas ao período de puberdade, gestação, síndrome de Cushing, obesidade, uso tópico e sistêmico de corticosteróides. Também são descritas associações com síndrome de Marfan, infecção como tuberculose, levantamento de carga e musculação, rápidas mudanças de peso, expansão tecidual, suturas com tensão, e, mais recentemente, relacionada à cirurgia de aumento de mamas.

Atualmente admite-se que sua etiopatogenia seja multifatorial, englobando aspectos mecânicos, bioquímicos e genéticos e hormonais.

Fatores Hormonais

Considerando que as estrias frequentemente aparecem em momentos de modificações hormonais como a puberdade e a gravidez, muitos pesquisadores descreveram a participação de hormônios como o andrógeno, estrógeno e glicocorticóide no processo de cicatrização cutânea. Considerando a formação SD, um processo cicatricial dérmico, podem ser realizar algumas comparações.

Em relação à influência na cicatrização cutânea exercida pelos hormônios sexuais, sabe-se que a ação estrogênica é essencialmente favorável à
cicatrização, com aceleração do reparo e redução da inflamação local. Os andrógenos, por outro lado, são repressores do reparo tecidual, retardando a cicatrização e aumentando a reação inflamatória local. Para que o processo de reparo tecidual seja adequado, deve haver um equilíbrio entre a ação destes hormônios.

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Classificação das Estrias

Estrias vermelhas

São as chamadas estrias recentes e apresentam-se avermelhadas ou arroxeadas, e vão gradativamente assumindo a coloração mais clara, podendo ser precedidas de coceira no local de aparecimento.

Estrias brancas

São as estrias antigas, esbranquiçadas que já não apresentam reação inflamatória.

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Tratamento

O tratamento das estrias não é simples, uma vez que ainda não existe nenhum método capaz de resolvê-las por completo. Por isso, é muito importante que os pacientes sejam orientados sobre os resultados que podem ser obtidos, uma vez que a expectativa costuma ser a cura. Usar hidratante, em especial nas áreas mais susceptíveis parece contribuir na prevenção das estrias.

O ácido retinóico pode ser utilizado numa concentração de 0,1% a 1%, promovendo uma melhora da pele do local e atenuando a diferença entre as estrias e a pele normal. Deve ser usada por um período de pelo menos 6 meses, associada com hidratantes potentes para controle da irritação. Sabe-se que a tretinoína melhora a produção de colágeno e fibras elásticas, promovendo reorganização destas fibras.

Peelings superficiais seriados podem ser realizados com intervalos semanais, sempre respeitando a irritação da pele no local. Os ativos mais utilizados são: tretinoína de 1% a 5% e ácido glicólico de 50% a 70%. Normalmente são feitas de 5 a 10 sessões.

A subcisão é uma técnica invasiva realizada com anestesia local. Utiliza-se agulha especial (Nokor), que é introduzida a nível dérmico. Realizam-se
movimentos circulares e de “vai-e-vem”, suaves, com o intuito de causar hematoma local. O estímulo mecânico do movimento da agulha e a reorganização deste hematoma determinarão uma nova organização do tecido tratado. Esta técnica é especialmente útil para estrias largas e deprimidas.

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As pacientes devem ser orientadas sobre as equimoses e hematomas que permanecem por período variável de 20 a 40 dias. Além disso, precisarão ficar afastadas das atividades físicas por pelo menos uma semana e não se expor ao sol enquanto tiverem com hematomas e equimoses.

A luz pulsada e o Laser, são utilizados no comprimento de onda de 530 a 570nm, para tratamento de estrias vermelhas tem mostrado bons resultados. A luz atinge o pigmento específico, destrói o mesmo pelo calor e diminui o processo inflamatório. Utilizam-se parâmetros para tratamento de lesões vasculares, cujo alvo é a hemoglobina.

As sessões são semanais ou quinzenais, num total de 5 a 10 sessões. É desejável que ocorra eritema no local, entretanto devem-se evitar parâmetros mais intensos que provoquem bolhas. O Dye laser assim como Nd Yag também pode ser usado para ser usados para estrias vermelhas, pois diminuindo os vasos, diminuem o processo inflamatório e também a evolução das estrias.

Neste caso são realizadas de 4 a 6 sessões com intervalo de 3 semanas, a área fica avermelhada durante alguns dias. Evitar o sol e utilizar hidratante 2 vezes ao dia são medidas importantes no pós-operatório.

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Hoje os resultados do tratamento das estrias têm sido bem mais efetivos do que há alguns anos atrás.

O laser de CO2 fracionado ablativo tem comprimento de onda 10.600, com alvo principal na água, provoca microzonas de coagulação além de ablação epidérmica. Há referências que melhora também a distribuição de melanina, além de estimular o colágeno.

Autores referem que comparando o laser fracionado não ablativo e ablativo não houve diferenças significativas, embora o laser de CO2 parece ser
discretamente melhor.

A radiofrequência fracionada associada ao ultrassom melhora a penetração de ativos e também apresenta resultados interessantes no tratamento das estrias. Medidas preventivas como: controle de peso através de alimentação equilibrada, correção de alterações hormonais e hidratação também devem ser preconizadas.

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