Vírus da mudança
No Rio, as praias continuam lotadas e as pessoas não parecem se importar com a situação
Não se fala em outra coisa. Uns banalizam. Outros panicam. Mas como nação ainda temos muito o que avançar. Aqui no Rio, praias lotadas. Nas comunidades, tudo normal, rotina própria dos esquecidos que sempre viveram à margem de tudo. E euzinha, parte do grupo de risco (55 anos), cambaleando entre seguir as medidas governamentais, orar para um Deus supremo e tentar ver um significado holístico nesta pandemia.
Tem que haver uma mudança de estilo de vida. Do jeito que estava, todos fazendo o que queriam, obedecendo apenas aos seus umbigos, a merda estava próxima. E chegou. Vinda de um tal morcego em contato com humanos, no fim do mundo de uma cidade chinesa e, aqui em Ipanema, sinto os efeitos desta irresponsabilidade que muitos creditam a laboratórios capitalistas, à Nostradamus ou ao destino.
O fato é que moramos em um planeta fantasma, com gente entocada em suas casas, sofrendo de tédio por voltarem para si mesmas. O mundo da tecnologia ainda nos liga uns aos outros, mas o fato é que vamos amargar um novo cenário de um novo estilo de vida. Eu já estou me preparando para melhorar minha saúde, pensar mais nos que estão à minha volta, querer um Brasil mais justo e honesto pra viver e pessoas mais queridas pra compartilhar essa existência de sobressaltos. Que cresçamos com tudo isso e que não morram as nossas esperanças, o verdadeiro oxigênio de nossos pulmões.