Creme da Nivea para clarear a pele gera polêmica sobre racismo
Com anúncio voltado para mulheres negras, a marca associa beleza à pele clara.

Uma campanha da Nivea, veiculada na Nigéria, em Gana, em Camarões e no Senegal, está gerando revolta pelo teor racista. O produto anunciado é um creme que promete “devolver a claridade natural da pele”.
Estrelado pela ex-miss Nigeria Omowunmi Akinnifesi, o comercial mostra a pele da mulher ficando mais clara – por meio de efeitos de imagem – à medida em que o creme é espalhado pelo corpo. Ao final, ela diz que se sente mais jovem graças ao resultado alcançado.
https://www.instagram.com/p/BaYxGenHrEY/
“Perpetuar a noção de que uma pele mais clara é mais bonita e mais jovial é muito nocivo e vai de encontro à narrativa racista que prevalece na indústria da beleza”, criticou a modelo e ativista Munroe Bergdorf, no post acima.
Noutra crítica, feita através do Twitter, uma mulher identificada como Linds chama a atenção para o aspecto do colorismo dentro da questão racial. “O colorismo está literalmente internalizado no racismo. E a Nivea está ajudando a perpetuar o racismo ao lançar produtos que promovem isso”.
https://twitter.com/batteast_linds/status/921351046223581184
Para quem não está familiarizado com o termo colorismo, ele se refere ao fato de que mesmo dentre os negros há diferentes escalas de discriminação, pois quem tem a pele mais escura está sujeito a sofrer mais preconceito ao longo da vida.
Dá para compreender melhor a questão assistindo a esse vídeo aqui: