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3 testes genéticos que ajudam a decifrar o funcionamento do corpo

Entenda melhor como adotar métodos mais eficazes para ficar bonita e saudável

Por Marcia Di Domenico (colaboradora)
Atualizado em 22 out 2016, 20h39 - Publicado em 16 nov 2015, 11h09

Você já deve ter ouvido falar do Projeto Genoma Humano, espécie de força-tarefa científica que durou mais de uma década e envolveu diversos países – o Brasil, inclusive – no esforço de mapear nosso código genético, ou seja, detalhar a receita que nos faz ser o que somos. O resultado da pesquisa, concluída no começo dos anos 2000, foi a descoberta de milhares de genes (fragmentos do DNA), que guardam informações sobre todas as nossas características: da cor dos olhos e da facilidade para engordar ao risco de vir a apresentar doenças graves, como câncer e Alzheimer. Conhecer trecho por trecho do nosso DNA possibilitou não apenas desenvolver abordagens mais eficientes para males genéticos e outras condições de saúde (como pressão alta, colesterol elevado, diabetes) mas também antever, por meio de testes sobre uma amostra de saliva, mucosa bucal ou sangue, o risco de manifestá-los em algum momento da vida. “O objetivo é analisar genes específicos e verificar possíveis alterações capazes de levar a doenças”, diz Fernanda Milanezi, gerente médica do centro de diagnóstico molecular do SalomãoZoppi Diagnósticos, em São Paulo. Só em 2015, o laboratório realizou 9 milhões de testes do tipo, sendo quase 90% destinados à detecção do risco de câncer de vários tipos. Mas eles não se destinam apenas à predição de doenças. São usados também a favor da estética, do condicionamento físico, do metabolismo. Se as aplicações estão mais democráticas, o preço também: análises que hoje custam, em média, 1,5 mil reais saíam pelo triplo três ou quatro anos atrás (sem falar na dificuldade de encontrar laboratórios onde fazê-las). Em todos os casos, vale saber que a propensão a determinada característica não é certeza de desenvolvê-la (apresentar o marcador para obesidade, por exemplo, não quer dizer que você vá, necessariamente, ser obesa). Entenda melhor como usar essa tecnologia a seu favor.

1. Para potencializar o treino

Sabe aquela sensação de que, na ginástica, você transpira litros e levanta quilos sem conseguir os resultados que deseja? A resposta pode estar na avaliação de algumas variações genéticas, capazes de revelar como o organismo responde a diferentes tipos de treino (aeróbico, de força, de explosão), à tendência a ganhar peso e massa muscular e ainda ao risco de desenvolver lesões – até então, tudo isso era diagnosticado de forma empírica pelos especialistas. E mais: “Como os exames permitem detectar a tendência a desenvolver hipertensão e diabetes, por exemplo, o profissional pode eleger modalidades e formatos de treino que colaborem para reduzir os níveis de açúcar no sangue e aumentar a elasticidade dos vasos sanguíneos do aluno, entre outras ações”, explica o médico baiano Jomar Souza, diretor da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte. Vale ressaltar que exames assim devem ser solicitados e interpretados por um médico, que pode sugerir, junto com o professor de educação física, uma abordagem mais adequada para cada caso.

2. Para emagrecer

Alterações nos genes associados ao processamento de açúcares, gorduras e proteínas respondem pela reação do organismo a determinados alimentos, o que pode explicar por que você está engordando ou apresentando dificuldade para emagrecer. Exames do tipo permitem detectar uma intolerância a glúten, por exemplo. Mas é bom lembrar que a genética tem, no máximo, 25% de influência sobre o metabolismo. O restante se deve ao estilo de vida: quanto de atividade física você pratica, se dorme bem e como, quanto e com que frequência se alimenta. “Não dá para tomar o resultado dos exames como uma sentença de sobrepeso ou obesidade, mas, sim, como um alerta de que a pessoa pode precisar de um esforço maior para manter o peso saudável”, avisa a nutróloga especialista em endocrinologia e metabologia Gisella Barros, da Clínica Vivere Sanus, em São Paulo. Ela lembra ainda que, por enquanto, a pesquisa genética não substitui o que um perfil metabólico completo, feito com base em exames clínicos e laboratoriais, tem a dizer sobre a sua saúde. “E ainda há o perigo de se creditar aos genes, e não aos próprios hábitos, o descontrole do peso”, completa. Ou seja, pode usar, mas com bom senso.

3. Para retardar os efeitos da idade

Sua predisposição para ter pele ressecada ou flácida, alterações inflamatórias (como celulite e melasma), calvície ou até para desenvolver melanoma (o tipo mais agressivo de câncer de pele) está expressa no seu DNA. Com essas informações, o médico consegue prescrever cuidados e produtos para desacelerar a evolução dos problemas – lembre que o envelhecimento é uma consequência comum da variação genética ao longo da vida, causada, entre outras razões, pela exposição à radiação, a alguns componentes químicos ou simplesmente por acaso. “Mulheres mais jovens ou que ainda não manifestaram esses danos podem se beneficiar ao adotar cuidados preventivos precocemente”, diz a dermatologista Denise Steiner, coordenadora do Departamento Científico da Sociedade Brasileira de Dermatologia. É verdade que um exame clínico detalhado é capaz de chegar ao mesmo diagnóstico, mas isso acontece quando o problema já está, literalmente, na cara.

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