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Porque o amor é lindo e é pra ser mostrado.

Por Júlia Warken
Atualizado em 12 abr 2024, 10h27 - Publicado em 22 Maio 2016, 11h03
Reprodução (/)
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O amor romântico é o tema mais universal do mundo e é bem fácil de compreender o motivo: esse é um sentimento que toca a todos nós intimamente. Pode parecer clichê, mas é mais pura verdade, né?

No fundo todos queremos viver essa experiência e todo mundo conhece alguma história de amor que admira. E foi com base nessa verdade tão presente no nosso imaginário que nasceu uma campanha muito linda chamada “Amor Escondido”. Dá o play:

A premissa aqui é supersimples e traz uma reflexão muito básica: o que faz com que algumas pessoas tenham tanta admiração por um tipo de história e tanto desprezo por outra? O que há de tão errado numa relação de amor simplesmente por ela não ser vivida por um homem e uma mulher?

A desconstrução da história padrão é brilhante, pois deixa essa questão muito em evidência e também porque toca noutro ponto que, infelizmente, a gente ainda precisa esclarecer: a comunidade LGBT não está buscando privilégios, está apenas lutando por direitos básicos. “O preconceito esconde o direito de amar”. Simples, conciso e direto ao ponto. Essa frase basicamente explica a razão pela qual a gente AINDA precisa falar sobre isso! A campanha “Amor Escondido” está no ar desde a semana passada e foi criado pelas ONGs paraibanas Maria Quitéria – Grupo de Mulheres Lésbicas e Bissexuais e MEL – Movimento Espírito Lilás, em parceria com a Sin Comunicação.

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Youtube/Sin Comunicação
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Para quem vê de fora fica parecendo que a pauta da aceitação já é página virada, exemplo disso é a indignação de certas pessoas ao se depararem com matérias do tipo “Bruna Linzmeyer está namorando uma mulher. E daí?”, como se não fosse mais importante refletir sobre isso. Como se a gente vivesse num mundo lindo onde casais LGBT andam de mãos dadas na rua sem o menor constrangimento. Como se fizesse parte do passado passar por saias justas no ambiente de trabalho quando se é gay. Como se sair do armário fosse algo tão natural quanto comprar meias novas. Pois aí vai um esclarecimento: a visibilidade da causa LGBT está abrindo portas importantes, mas na prática, no dia a dia, na convivência em sociedade, na ida à padaria, na fila da adoção, na entrevista de emprego, na reunião de família, na escola… na VIDA REAL, ainda está rolando muita luta e sofrimento. Ainda está rolando medo e constrangimento.

YouTube / Sin Comunicação
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Se você é heterossexual apenas reflita: quantas vezes você teve que pensar duas vezes antes de dar um selinho no namorado que te deu carona até a faculdade? Quantas vezes desistiu de pegar na mão do namorado pois estava naquele restaurante de ~ambiente familiar~? Quantas vezes você já ouviu sua mãe dizer “apresenta o Edu como AMIGO porque é desnecessário chocar os parentes, ok?”? Quantas vezes mentiu aos colegas que estava solteira por que a galera da empresa estava combinando um happy hour para conhecer os cônjuges de todo mundo?

São situações tão básicas e corriqueiras que é muito fácil esquecer o quanto é triste não poder vive-las. Isso se chama falta de empatia. E é por isso que a gente não consegue mais engolir o ~bom~ e velho “respeito, mas não aceito”. Respeito e aceitação andam de mãos dadas, pois a gente está lutando pelo direito básico de não ter que se esconder.

E é por isso que a gente vai continuar falando sobre isso! Por acaso você desistiria de lutar pelo direito de viver uma história de amor? 

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