Sou solteira convicta

Quando eu tinha 13 anos, um menino que eu ficava há duas semanas me deu uma aliança de compromisso. Saí fora rapidinho porque desde cedo nunca tive paciência para namorar. Outro, me deu uma caixa de bombons quando eu tinha 17 anos. Até aí tudo ótimo, eu adoro chocolate. Mas cada bombom que eu abria tinha uma frase: “eu sinto sua falta”, “quero você eternamente” e todo tipo de baboseira que você pode imaginar. Não preciso nem dizer que eu saí de fininho, né?

A verdade é que não existe nada melhor que ser solteira. Viajo pelo menos duas vezes ao mês e não preciso dar explicações para ninguém. Agüentar ciúme, homem mexendo nas minhas coisas? Nem pensar! Moro sozinha e a liberdade que isso me dá não tem preço! É claro que algumas amigas não se conformam com a situação e vivem querendo me arrumar namorado. “Eu tenho um amigo solteiro que é ótimo!”, é sempre o mesmo papinho. E eu, claro, saio pela tangente.

Não é que eu não me relacione bem com os homens. Mas quando algum começa a pegar no meu pé eu puxo logo o freio de mão. Por exemplo, eu estava saindo com um carinha, a gente tinha se visto no domingo e na segunda ele ligou e disse: “Nossa, porque você não me ligou?”. Ah, não dá! Detesto grude! As minhas amigas riem. Aliás, quase todas namoram. Mas eu não me importo em segurar vela. Vou pro barzinho com os casais e me divirto!

No dia dos namorados saio pra comemorar a solteirice com as amigas e amigos descompromissados. Não é só a liberdade que se ganha sendo solteira. Você cresce porque passa a não depender das opiniões masculinas. Em vez de conversar com o outro sobre os seus problemas, aprende a conversar consigo mesma.

Adoro a solidão! Só troco meu estado civil se encontrar um homem com os mesmos valores e objetivos. Como não estou preocupada em correr atrás, sabe-se lá quando vai acontecer! Mas não tem problema! Agora que eu descobri que tem o dia do solteiro, tenho mais um motivo para comemorar a minha opção! Tim-tim!