Só saio com homens que conheço pela internet

Trabalhar em casa tem lá suas vantagens. Faço meus horários e aproveito melhor o tempo que tenho com a minha filha. Mas fazer do lar meu escritório também traz alguns problemas. Um deles é que minha vida social fica morninha, morninha.

Agora, não vá pensando que eu fico chorando as pitangas e me achando encalhada. Não… Descobri na internet um meio de encontrar pretendentes do jeitinho que procuro. Para isso, fiz o meu perfil no Par Perfeito, um site de relacionamentos amorosos. Como sou separada há cinco anos, é lá que seleciono os homens que quero conhecer.

Aprendi a evitar surpresas

Pra mim, é mais seguro conhecer alguém pela internet do que numa festa. Se você prestar atenção, saberá muito mais do pretendente do que de um cara com quem você tromba por aí.

Tudo começa pela troca de e-mails pelo site, onde você protege sua identidade por um apelido. Aí, já sinto o estilo da pessoa. Depois, passamos para o bate-papo por MSN. Então, peço os perfis no Orkut e no Facebook, sites em que posso dar uma checada nas fotos.

Às vezes, o cara fala que não gosta de balada e, nas fotos, lá está o bonitão em tudo quanto é rave, entendeu? Bom, depois das fotos, é hora de convidá-lo para <a href="javascript:muestra_imagen('/imagem//thumb-lista-flash-80×60/transparente.gif’,300,200,’O%20cara%20era%2030%20quilos%20mais%20gordo!’%20,’N%C3%A3o%20aceite%20desculpas%20do%20tipo%20%C2%B4minha%20c%C3%A2mera%20est%C3%A1%20quebrada!%C2%B4.%20Ele%20que%20v%C3%A1;%20numa%20lan-house,%20oras!%20Falo%20isso%20porque%20j%C3%A1;%20combinei%20de%20sair%20com%20um%20mo%C3%A7o%20e,%20chegando%20l%C3%A1,%20ele%20estava%2030%20quilos%20mais%20gordo%20do%20que%20nas%20fotos%20do%20site.%20Perdi%20a%20confian%C3%A7a%20de%20cara.’)”>uma conversa pela webcam . Assim, consigo informações preciosas, como se a pessoa é gaga ou se tem tique nervoso.

Já encontrei um amor de verdade

Na paquera pela internet, a atração física é o último passo. Antes, descubro se o cara é educado e bem-humorado, o que considero fundamental. Em no máximo um mês, estou pronta para dispensá-lo ou convidá-lo pra sair. Foi assim que conheci meu ex-namorado, com quem fiquei um ano e meio.

Sempre escolho um lugar público para marcar o primeiro encontro. Essas cafeterias 24 horas são perfeitas pra isso. Se o papo estiver bom, você não se preocupa com o tempo; se não, diz que tem um compromisso e tchau, tchau!

Nunca combino de conhecer alguém no cinema. Essa é uma situação em que quero olhar nos olhos. Sem contar que, caso o moço tenha algum probleminha impossível de detectar, como mau hálito, eu teria de passar duas horas com o dito cujo falando na minha orelha. Não rola de jeito nenhum, né?

Surpresas boas acontecem

Muitas vezes, conheci o cara e nada rolou, mas não vou mentir: o cafezinho com alguns deles já terminou entre lençóis. E não foi nada esquisito. É diferente de conhecer alguém numa festa e ir direto para um motel. No meu caso, um relacionamento já estava sendo construído.

<a href="javascript:muestra_imagen('/imagem//thumb-lista-flash-80×60/transparente.gif’,300,200,’Meus%20encontros%20inesquec%C3%ADveis’%20,’Uma%20vez,%20fui%20encontrar%20um%20rapaz%20que%20parecia%20interessante.%20Chegando%20l%C3%A1,%20ele%20tinha%20mau%20h%C3%A1lito%20e,%20como%20se%20n%C3%A3o%20bastasse,%20era%20masoquista!%20Na%20hora%20H,%20me%20pediu%20para%20bater%20nele.%20Isso%20no%20primeiro%20encontro!%20Sumi%20dali.%20Teve%20um%20outro%20que%20tamb%C3%A9m%20me%20surpreendeu.%20Logo%20de%20cara,%20foi%20falando%20que%20via%20ET%C2%92s.%20Achei%20melhor%20n%C3%A3o%20contrariar,%20paguei%20meu%20caf%C3%A9%20e%20tchau!’)”>As ciladas existem, sim, seja no mundo virtual, seja na vida real. Mas surpresas boas também acontecem. Às vezes, você já tem afinidade com a pessoa e, quando encosta, dá aquele choquinho, sabe? É maravilhoso!

Agora mesmo estou investindo num relacionamento mais sério com um cara que conheci pelo site. Acredito, sim, que a internet pode ser um ótimo ambiente para encontrar o amor.

Da redação

O livro da Stella

Stella está lançando seu sétimo livro, 32 – 32 anos, 32 homens, 32 tatuagens (Ed. Rocco). Com uma linguagem bem-humorada, a personagem do livro fala de sua busca pelo amor, enquanto decide fazer 32 tatuagens. É ficção, sim, mas Stella não esconde que usou situações reais para dar vida à personagem. Aliás, a escritora tem 30 tatuagens.