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Shibari: conheça a prática japonesa que utiliza cordas por prazer

A técnica é mais do que uma prática sexual, mas também algo artístico e performático que exige, claro, muita confiança. Entenda!

Por Da Redação
Atualizado em 17 abr 2023, 19h05 - Publicado em 25 mar 2023, 06h25

O shibari é mais um dos métodos que englobam o BDSMBondage, Disciplina, Dominação, Submissão, Sadismo e Masoquismo, aquela relação sexual mais radical e intensa que, em geral, contempla pessoas que gostam de sentir e provocar dor durante o sexo. Entre vendas nos olhos, roupas de látex, chicotes e outros, está o shibari: uma prática de amarração com cordas. 

De origem japonesa, o shibari não nasceu já para o universo sexual, mas sim como método utilizado por samurais para o controle de prisioneiros e criminosos de guerra em um Japão ainda medieval. No fim do século 20, essa imobilização ganhou espaço no mundo erótico. 

“Um dos marcos históricos que define a origem da prática foi um movimento artístico e erótico, chamado arte shunga. Foi quando as cordas deixaram de ter um aspecto de tortura e punição, e passaram a ter um aspecto sensual”, explica Luis Ferraz, proprietário da Arte Shibari Brasil. 

Assim, o shibari tornou-se também um fetiche que, por muito tempo, esteve apenas dentro do BDSM – mas expandiu para fora deste universo mais recentemente. “O shibari é um fetiche, mas também uma prática artística e performática que exige muita confiança de quem está sendo amarrado”, explica a sexóloga Lelah Monteiro. Isso porque, no método, a estética é valorizada. 

shibari - bondage japonês
Prática de Shibari. (Luis Ferraz/Divulgação)

“Por muito tempo o shibari era apenas uma prática de poder do BDSM, mas, com o advento da internet, começou a se tornar público. Algumas pessoas começaram a usar as referências do shibari para trabalhar com a arte, como em fotografias, por exemplo”, explica Luis que, inclusive, já realizou trabalhos para a São Paulo Fashion Week e para a minissérie Verdades Secretas, da Globo. 

A expectativa e a dúvida do que vai acontecer, seguida de um estresse e da dor, pode levar um tesão intenso. “Já a pessoa que aplica o shibari, e se sente empoderada com isso, também encontra nesse cenário chances de um orgasmo poderoso”, diz a sexóloga Lelah Monteiro. Muitas vezes, inclusive, os praticantes nem chegam ao ato sexual – apenas o uso das cordas já propicia sensações no corpo próprias do shibari e suficientes para o prazer. 

Tipos de cordas e nós para Shibari

As cordas, geralmente, são feitas de fibra natural, com comprimento entre 6 e 8 metros para melhor acabamento dos nós, mas Luís ressalta que qualquer tipo de corda pode ser utilizado para o shibari. “As de fibras naturais queimam menos a pele quando friccionadas. Elas têm uma vantagem em relação as outras, por isso são mais recomendadas”,  acrescenta.

E, ao contrário do que se imagina, o shibari não tem um repertório extenso de nós. “Parece que são muitos, quando na verdade são poucos – entre eles, o nó direito, as travas, tensões e contra tensões”, explica o especialista. “Os nós acontecem no início das amarrações e no final delas. Durante as amarrações em si, o emaranhado da corda que se vê são as travas e as contra tensões sendo aplicadas. O shibari é bastante técnico”, completa. 

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Como praticar o shibari?

Os primeiros passos para quem quer praticar o shibari é procurar um profissional ou alguém que já conheça a técnica para buscar os conhecimentos básicos de segurança. “É fundamental ter muitas informações antes de começar a aplicar o shibari em alguém, e não usar alguém como cobaia”, alerta Luis – que reforça também a importância da seguridade física, emocional e psicológica. “Buscar um profissional que ministre cursos ou workshops para obter informações corretas é o mais indicado”, alerta. 

Para a sexóloga, assim como toda prática de BDSM, deve existir um princípio triplo: estar são, saudável e ser um ato consensual. “O shibari exige muito conhecimento do corpo e dos limites da pessoa que será amarrada. É preciso conversa prévia e a definição das palavras de segurança, ou seja, uma espécie de código que serve para interromper imediatamente a prática”, explica Lelah. Por fim, a sexóloga ainda reforça que para uma prática ser consensual ela precisa mais do que a concordância, mas também a vontade e a confiança no outro.

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