Seis passos para você ter muito mais prazer no sexo
Ver o outro chegando ao orgasmo é ótimo, mas nada se compara a quando você mesma alcança o clímax! Criamos um passo a passo para te ajudar a chegar lá.
Conhecer o corpo do outro, saber qual é aquele ponto exato que faz tudo girar e ter um mapa mental como guia do prazer é uma habilidade desenvolvida por muito tempo e construída com muita intimidade. Mas e o seu prazer? Quantas vezes não pensamos mais no parceiro do que em nós e acabamos perdendo oportunidades maravilhosas de chegar ao orgasmo de um jeito que nunca havíamos imaginado ser possível?
Para ajudar a ter mais prazer nas relações sexuais – seja sozinha ou acompanhada – conversamos com a fisioterapeuta e educadora sexual Débora Pádua, que deu dicas importantíssimas para ter mais prazer.
Você se conhece?
Nada é mais importante do que conhecer o seu próprio corpo! “Existem regras repetitivas, mas são básicas. Primeiro a mulher precisa se conhecer, perder a vergonha de olhar no espelho, se tocar, saber como é a anatomia dela e não ter medo das sensações que ela vai sentir, só sabendo o que ela pode sentir ela é capaz de ajudar o parceiro. Isso pode ser pela masturbação apenas com as mãos ou com ajuda de vibradores”, explica.
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Tire um tempo para você e conheça seu corpo sem pensar em chegar ao orgasmo, mas buscando entender como funciona a sua libido, o seu prazer e crie um mapa mental sobre você mesma. Já tentou tocar atrás do joelho? Na parte interna dos pés? Talvez você não saiba que existe um ponto mágico que pode te surpreender!
Masturbação
Mulheres não estão acostumadas a falar sobre o assunto. Ele sempre foi tabu e a gente acaba preferindo deixar de lado para não parecer “assanhada” ou algo do tipo, mas ela é a principal maneira de conhecer o corpo e maximizar o prazer.
ReproduçãoEstou me masturbando. Eu te disse que ia fazer isso o dia todo!
O clitóris é responsável pelo orgasmo da maior parte das mulheres – apenas 30% das mulheres chegam ao orgasmo pela penetração -, mas ainda é um mistério para muitas de nós. Algumas reclamam que não sentem nada e outras sentem um incômodo ao tocá-lo. A dica é ser delicada e entender sua anatomia: “Cada uma tem uma forma. A mulher que tem a ponta do clitóris mais exposto pode ter mais incomodo se for tocado em cima, então os movimentos circulares que tocam a ponta depois de um tempo de excitação são mais eficazes, já que o clitóris não é só aquilo que está exposto, a parte interna é bem maior do que se pode ver”, explica Débora.
O que te dá prazer?
Tem gente que sente mais prazer nos seios do que com a penetração. Outras mulheres preferem uma massagem bem sensual. Tudo isso acontece porque o maior órgão sexual que temos é a pele. Nosso corpo inteiro tem terminações nervosas e são elas as responsáveis por levar os estímulos de prazer ao nosso cérebro.
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“Cada mulher tem pontos erógenos específicos, mas não há uma regra. Isso depende de cada relação sexual. Os mamilos em algumas são mais excitantes, o pescoço e até o ânus. Depende de cada mulher. Não tem receita de bolo. Nem o que foi bom em uma relação pode ser em outra. Cada relação tem que ser feita de maneira única e as sensações também são únicas e mudam de uma pra outra. Isso sim fará a diferença”, diz a educadora sexual.
A sacada aqui é sempre ter olhos de quem está vendo o mundo pela primeira vez. Só se mantendo assim você já vai se surpreender com as sensações. Deixe o “não gosto disso” de lado um pouco e se dê o benefício da dúvida.
A melhor posição
Você já pensou que muitas das posições que escolhemos não tem nada a ver com nosso prazer, mas com uma maneira de esconder características do nosso corpo que incomodam ou oferecer ao parceiro uma vista que ele curte?
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Para a mulher aumentar seu próprio prazer, o ponto mais importante é encontrar um maneira de friccionar o clitóris. “Qualquer posição que ela tenha contato clitoriano, fica mais fácil de sentir prazer. A mulher pode tocar o clitóris ou com dedos ou com o corpo do homem. Esse é o melhor jeito já que pelo clitóris ser externo ajuda muito na busca do prazer. Quando a mulher fica em cima do homem, ela pode passar o clitóris em cima do púbis (aquele ossinho mais elevado que o homem tem) e isso ajuda muito”.
O tal ponto G
Sabe aqueles mapas do tesouro com um X no meio de uma ilha deserta? É mais ou menos isso que a gente sente na busca pelo famigerado ponto G. Há especialistas que dizem que ele não existe. Outros juram que há uma maneira simples de encontrá-lo. As mulheres dividem-se entre as que nunca o encontraram, as que o amam e têm as coordenadas no GPS e aquelas que preferem nem pensar sobre o assunto.
A boa nova é que você pode procurar esse ponto sozinha e depois, quando estiver acompanhada, só direcionar o parceiro ao pote de ouro no final do arco-íris. “Quando se coloca o dedo dentro do canal vaginal você precisa imaginar como se quisesse tocar o umbigo [um toque curvo]. Nos primeiros 3 cm fica localizado a uretra e depois já começa o ponto G, mais ou menos a 4 cm do canal vaginal e ali você pode fazer pressões. Mas, é importante já estar excitada nesta hora.
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Alguns estudos ainda tentam definir onde fica o ponto G e acredita-se que ele seja uma das ramificações do clitóris, então não sabemos exatamente mas os estímulos repetitivos e rítmicos podem ajudar. Existem vibradores que são específicos para o ponto G, mas tudo depende da sensibilidade da mulher, umas são mais sensíveis que outras mas todas conseguem sim ter prazer.”
Academia do sexo
Para aumentar o prazer existem até exercícios que podem ser feitos em qualquer lugar, sem que ninguém saiba. O importante nesse momento é fortalecer o assoalho pélvico, responsável por contrair a região do canal vaginal. É como uma musculação. “As mulheres podem experimentar fazer contrações na hora que sentem vontade de urinar, usando vibrador clitoriano e assim perceber as sensações diferentes. É uma forma de se exercitar e ao mesmo tempo sentir prazer.”